Posted by : Angie Nov 17, 2019



Capítulo 7 - Desculpem

            Susan sempre mostrara ser uma mulher e uma mãe amável, mas após a saída clandestina de Wild e Peter para a torre de vigia abandonada, a sua postura mudara completamente. Agora a mulher agia de forma controladora e autoritária. Os rapazes ficaram de castigo durante várias semanas. Durante esse período, não puderam sair do recinto da casa. Só podiam brincar até à hora de jantar e, logo depois, era momento de irem dormir. A sequencia repetiu-se por longas semanas, nas quais Wild e Peter se lamentavam várias vezes pelo ocorrido.

            Tommy, pelo contrário, ganhara a confiança dos seus pais por ter salvo os dois jovens rebeldes. Agora no seu novo corpo, o gigante Pokémon acostumava-se a novos hábitos e comportamentos. Já Susan, a figura maternal do grupo, questionava-se várias vezes por que razão Wild e Peter tinham cometido aquele ato de rebeldia. Ela não percebia se estava a fazer o papel de mãe de forma errada, ou se eram eles que agiam como se não tivessem recebido nenhuma educação da sua parte. Por outro lado, George argumentava que atos daquele tipo eram normais e naturais de acontecer a todas as crianças, quer fossem humanas ou Pokémon. Por último, Rory, a filha mais nova do casal, mantinha-se calma e sossegada, admirando o novo corpo e poder do seu irmão mais velho.

            No último dia do castigo, os dois rapazes sentaram-se com Susan e George no jardim da casa. O casal continuava apreensivo quanto ao comportamento dos jovens e queria ter a certeza que o castigo tinha tido o efeito pretendido.

            - Estamos finalmente livres? – foram as primeiras palavras de Peter, ao sentar-se num dos bancos de madeira do jardim.

            - Se queres ser livre, e não ter de obedecer a regras, podes sair por aquele portão ali ao fundo e nunca mais voltar. – respondeu Susan prontamente.

            - Nós somos uma família. – murmurou George. – Uma família muito pouco convencional, eu sei, mas ainda funcionamos como uma.

            - Eu estou muitíssimo arrependido pelo que fiz. – afirmou Wild, com as bochechas coradas. – Como já disse, a culpa foi inteiramente minha. Fui eu que tive a ideia de visitarmos a torre. Eu devo ser responsável, não o Peter.

            - Ambos o fizeram. – cortou a borboleta. – O Peter não foi obrigado a nada. Ele foi de livre vontade e, como tal, deve ser responsabilizado da mesma forma.

            - Eu peço desculpa também. – murmurou o coelho, com uma voz arrastada. – Mas vocês sabem o sacrifício que eu faço para estar aqui trancado durante estas semanas todas?! Quanto tempo se passou?! Um mês?!

            - E eu não visito a Carol desde que a conheci! Eu tenho pensado nela todos os dias! Ela deve pensar que eu me esqueci dela, com certeza…

            - Exatamente. – acenou George. – Mas é isso mesmo que vocês devem compreender. Todos nós fazemos sacrifícios, diariamente, para que, como família, possamos funcionar de forma correta e saudável para o benefício de todos.

            - Vocês não percebem que, ao invadir aquela torre, estariam a meter toda a gente em perigo? Vocês, nós, e os Pokémon que lá habitavam. – Susan explicava seriamente. – É quase como que se vocês se tornassem no Nate.

            - Não, nunca! – exclamou Bunnelby, exaltado.

            - Tens a certeza? Vocês invadiram a torre, como se fosse a vossa própria casa. E depois, quando os Pokémon que já lá estavam a viver, se protegeram e vos atacaram, vocês atacaram-nos de volta. Foi exatamente isso que o Nate fez connosco, lembram-se?

            Os dois amigos calaram-se e refletiram por alguns momentos. De facto, eles nunca pararam para pensar daquela forma. E, na verdade, o próprio Golurk os chamara de invasores. Tal como Duskull, que tentara defender o guardião da torre antes de eles o atacarem. Talvez eles tivessem agido da mesma forma que Nate. E isso assustava-os profundamente.

            - Nós não fizemos por mal… - murmurou Wild. – Tudo o que nós queríamos era visitar a torre, sem levantar qualquer problema.

            - Mas quando o problema surgiu, vocês tentaram resolve-lo. – cortou George. – Eu acho que isso também diz muito de vocês. Talvez sejam mais corajosos e fortes do que qualquer um de nós imaginava.

            - A verdade é que só nos safámos porque o Tommy nos seguiu. – admitiu Peter. – Os meus ataques não funcionavam naqueles fantasmas horripilantes!

            Susan deixou-se rir com as palavras do Pokémon e todos voltaram a atenção para o seu corpo. A feição séria e autoritária da Pokémon parecia desvanecer aos poucos.

            - Desculpem. – disse. – Eu sei que prolonguei este castigo por demasiado tempo. – admitiu, levantando a cabeça e encarando os dois rapazes. – Mas vocês não deviam ter feito isto atrás das nossas costas. Eu sei que pensam que nós não vos percebemos, especialmente tu, querido Wild. – ela falava, esboçando um meigo sorriso. – Mas vocês não nos podem esconder este tipo de coisas.

            - O que eu e a Susan vos queremos dizer é que, da próxima vez, devem consultar-nos primeiro. – concluiu o panda.

            - Sim. Por favor, não nos escondam mais nada.

            - Eu prometo, mãe. – respondeu Wild, de forma sincera e angelical, como só ele sabia. – Daqui para a frente, não irão existir mais segredos entre nós.

            - Acho que têm razão. – assentiu Peter. – Esconder coisas de vocês é bastante difícil mesmo.

            O casal riu-se e entreolhou-se, antes de se voltar para os rapazes novamente.

            - Sendo assim, o vosso castigo terminou.


            O corpo de Carol parecia flutuar pelas calmas águas do pacifico lago da Wild Area. Wild, apenas de calções de banho, agarrava-se ao corpo da Pokémon que lhe mostrava as belezas da profundeza daquele local. Várias rochas e corais marinhos serviam de habitat para diferentes espécies de criaturas aquáticas, como Magikarp, Feebas ou Wishiwashi, que coabitavam de forma calma e civilizada.

            No entanto, nenhuma daquelas criaturas conseguia despertar a atenção de Wild, como Carol fazia. A beleza e subtileza da serpente marinha continuavam a hipnotizar o rapaz que, naquele momento, observava atentamente as escamas do corpo de Milotic, que brilhavam com os raios de sol, à medida que a criatura se aproximava da superfície do lago.

            Wild olhou em volta, captando, mais uma vez, a beleza daquele lugar magnífico. O lago espalhava-se por longos metros à sua volta e, numa das suas margens, George, Rory e Peter tomavam banhos de sol.

            Carol aproximava-se lentamente do grupo enquanto que Wild, sentado sobre o seu corpo, penteava os seus cabelos claros, compridos e molhados.

            - Vejam quem está de volta! – exclamou Rory, ao mesmo tempo que chapinhava na água.

            - Como foi essa viagem? – perguntou George, que supervisionava a filha mais nova.

            - Ótima! Linda! Esplêndida! Espetacular! – respondeu Wild fascinado.

            - Foi uma bela aventura! – gargalhou Carol.

            - O que viste, companheiro? – perguntava Peter curioso.

            - Imensos corais e plantas marinhas! E lindos Pokémon aquáticos! – afirmava o rapaz excitado. – Mas o meu favorito foi um Mantine gigante que passou mesmo por cima de nós!

            - Existem imensas espécies de Pokémon neste lago. É por isso que eu gosto tanto de viver aqui. – explicou a serpente.

            - E esta paisagem é maravilhosa!

            Todos acenaram e concordaram com a pequena Wynautt. À frente do grupo, o lençol de água estendia-se por vários longos metros. Haviam vários grupos de diferentes espécies de Pokémon que brincavam ao longo do lago, mas um em particular chamou à atenção do pequeno Wild. Vários Vanillite que brincavam alegremente acabavam de ser atingidos por algum ataque, deixando-os gravemente feridos.

            - O que é que se está ali a passar? – questionava Wild, que permanecia sentado sob o corpo de Carol, ainda dentro de água.

            - Saiam do lago! – gritou George.

            Naquele momento, o corpo de um Pokémon surgia atrás de várias rochas, que se situavam à beira do lago. O seu corpo assemelhava-se a uma aranha amarela com quatro patas e um bigode. Na sua cabeça, dois olhos grandes eram acompanhados por quatros mais pequenos e, ao longo do seu corpo, vários apontamentos em azul e roxo contrastavam com o amarelo.


            Galvantula disparou um potente Electro Web na direção de Carol e Wild, que escaparam para fora da água mesmo a tempo. Wild rebolou pelo solo, mas logo se levantou, certificando-se que Milotic estava estável e em segurança.
                                                                                           
            - Tiveram saudades minhas? – gritou o Pokémon, aproximando-se do grupo, mantendo, no entanto, uma certa distância dos adversários.

            Wild deixou o queixo cair, revelando o estado de surpresa por reencontrar aquela figura tão marcante na sua vida.

            - Não acredito…

            - Nate. – murmurou Peter, cerrando o punho.

            - A cicatriz fica-te bem. – murmurou a aranha, deixando escapar uma gargalhada.

            - Quem é este? – perguntou Carol, visivelmente confusa.

            - É o Nate. O rival do Wild, que o atacou e lhe fez aquela cicatriz na barriga. – explicou Rory.

            - Como te atreves a aparecer aqui!? – gritou George, a fúria era visível nos seus olhos. – Não te aproximes da minha família novamente!

            - Ou então o quê? – provocou a aranha.

            - Ou então eu…

            - Deixa isto comigo George. – murmurou Peter, olhando por cima do ombro. – Eu mesmo vou resolver este problema.

            Bunnelby voltou-se para a frente, encarando o corpo de Galvantula. Nate observava-o também atentamente. Ali, naquele momento, os dois Pokémon, finalmente frente a frente, preparavam-se para colocar o seu poder e força à prova. Se, por um lado, Peter queria fazer jus á sua promessa de vencer finalmente Nate, este queria mostrar a todos o seu novo poder na sua nova forma evoluída.

            - Não vais escapar desta vez.

            Peter lançou-se na direção do Pokémon, preparando-se para o atacar com um Double Slap, mas Nate fora mais rápido, escapando facilmente ao ataque e contra-atacando com o seu Fury Cutter. Bunnelby saltou por cima do corpo do seu adversário, esquivando-se do seu ataque e preparando uma forte investida com o Quick Attack. Galvantula acabou atingindo, mas não parecia muito afetado com o choque físico.

            - Tanto tempo depois e continuas o mesmo fracote. – murmurou Nate.

            - E tu continuas o mesmo infeliz e arrogante de sempre!

            Bunnelby deixou que os seus sentimentos tomassem controlo do seu corpo e saiu disparado na direção de Galvantula, atingindo-o em cheio com o seu novo ataque, Take Down. O choque provocado pelo embate fez com que os dois Pokémon fossem projetados para lados opostos.

            - Agora sim. – gargalhou Nate. – É disso que estou a falar!

            Uma pequena esfera de eletricidade começou a ser formada à frente da boca de Galvantula, aumentando lentamente de tamanho, até ser disparada contra o corpo de Bunnelby, que, sem tempo para se esquivar, foi alvo da Electro Ball do adversário.

            O Pokémon, projetado por alguns metros, caiu no chão ferido, mas ele não estava pronto para desistir tão cedo. Levantou-se do chão, calmamente, pronto para continuar o combate.

            - Eu sei que tu consegues, amigo! – incentivava Wild, que observava a batalha atentamente.

            O coelho sorriu e acenou ao seu companheiro, recordando todos os momentos que vivera com ele até então. Aquele era o momento de mostrar o quanto gostava e se preocupava com ele, vencendo o seu adversário em comum.

            As orelhas de Peter começaram a formar uma aura de cor castanha, que rapidamente se fundiu em várias bolas de lama, lançadas na direção de Nate. A aranha tentou esquivar-se do ataque, mas as quantidades de bolas lançadas na sua direção eram demasiadas para ele escapar ileso. O Pokémon acabou por ficar preso num monte de lama formada pela técnica Mud Shot.

            - Oh não. – sussurrou, verificando que, de facto, estava ali preso.

            - Acabou, Nate!

            Peter voltou a preparar um potente Take Down, saindo disparado na direção do seu adversário que, sem forma de escapar, foi atingido em cheio. O seu corpo foi arrastado pela lama e rebolou pelo chão, sujando todo o seu pelo amarelo com a sujidade da terra.

            Os ferimentos de Nate eram visíveis para todos os presentes, mas, mesmo assim, o Pokémon ergueu-se lentamente do chão, levantando o seu olhar até aos corpos de Wild e Peter, que o observavam em silencio. Naquele momento, o Pokémon tremia e parecia revelar, pela primeira vez, a sua fraqueza e insegurança.

            - Desculpem.

            Fez-se silencio. Nenhum dos presentes queria acreditar naquilo que ouvira. Uma figura tão temível e forte como Nate mostrava, finalmente, o seu lado mais íntimo.

            - O que é que tu disseste? – questionou Wild.

            - Estou farto destes jogos estúpidos. – admitiu Nate. – Toda a nossa disputa é ridícula e sem sentido algum.

            - Como assim? Foste tu que nos atacaste e iniciaste tudo isto! – retorquiu Peter.

            - Vocês não sabem, mas eu já vos observo há muito tempo. Naquele dia, quando tudo começou, eu já observava a vossa família há várias semanas. Mas eu estava farto de ser uma simples sombra que vocês não sabiam que existia. Então intrometi-me no vosso jogo.

            - O que estás a dizer? – Wild parecia confuso.

            - Tu acertaste-me com a bola porque eu assim o queria. Eu conseguia escapar perfeitamente… mas eu queria ser atingindo.

            - Porquê?

            - Eu queria brincar com vocês. – confessou. – Só isso.

            - Então porque é que atacaste o Wild? – perguntava George.

            - Eu não sei. Foi o mesmo instinto, penso eu. Toda a vontade de querer ser vosso amigo transformou-se numa espécie de ódio.

            - Isso é uma palavra muito forte… - murmurou Rory.

            - Todos vocês pertencem a um grupo, a uma família. Têm alguém que goste e cuide de vocês. Eu nunca tive isso em toda a minha vida. – admitiu, com um olhar brilhante. – Tudo o que eu queria era ter o que vocês têm. Fazer parte da vossa família.

            Fez-se silêncio e o único som que se ouvia agora era o choro de Nate. Um choro de tristeza, mas também de alívio, por revelar toda a verdade àquele grupo que ele tanto admirava secretamente. Tudo o que ele queria era ser um deles. Poder sentir-se amado e integrado num grupo com outros Pokémon.

            - Tu és muito especial, Wild. Eu nunca quis magoar-te ou deixar-te essa cicatriz. Com certeza já passaste por muito na vida.

            - Nate…

            - Nem todos os seres humanos têm a sorte de encontrar Pokémon que os amem como a tua família o faz contigo. Nem mesmo treinadores especialistas. Tu és um rapaz sortudo. – disse, em forma de despedida. – Eu espero que saibas dar valor a isso.

            A aranha preparava-se para virar costas e abandonar o local, estava tudo dito, finalmente. Wild e os outros elementos do grupo observavam o Pokémon em silêncio. Todos eles sentiam um misto de emoções por Nate. Se antes ele era visto como uma criatura temível e malvada, então agora todo o seu ódio se transformara em mera fraqueza.

            - Espera!

            Wild correu na direção de Nate, que se surpreendeu com o gesto do rapaz, parando a meio do seu caminho.

            - Tu não tens de ficar sozinho. – murmurou o menino. – Porque não vens connosco? – perguntou, de forma inocente.

            - Eu não posso fazer isso. Já magoei demasiado a tua família.

            - Podes, pelo menos, vir-nos visitar. – a voz de George fez-se ouvir, enquanto se aproximava dos dois.

            - Porque estão a ser tão simpáticos comigo? Eu ataquei-vos e ameacei a vossa segurança!

            - Porque nós somos assim. – disse Rory, aparecendo também acompanhada de Peter e Carol.

            - Bons rivais também são bons amigos. – afirmou o coelho, esboçando um pequeno sorriso.

            - Para a próxima, tenta só deixar os pequenos Vanillite de fora da tua vingança. – riu Milotic. – Eles não têm culpa de nada…

            O grupo deixou escapar uma gargalhada em uníssono. Nate observou-os com atenção. Era aquilo que ele queria. Um grupo de amigos, uma família que se preocupasse realmente com ele. E parecia que isso estava mais perto de acontecer do que ele imaginava.

            - Têm a certeza? – voltou a perguntar.

            - Sim! – insistiu o rapaz.

            - Se tu és importante para o Wild, então deves ser importante para todos nós. – admitiu George. – Afinal, é ele quem nos mantem a todos unidos. Verdade?

            Nate calou-se e concordou com a cabeça. De facto, era um simples rapaz quem mantinha um grupo de diferentes espécies de Pokémon unido. A forma como uma mera criança conseguia despertar várias relações e sentimentos entre múltiplas criaturas distintas era algo que deixava a pensar qualquer um.

  

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  1. Os ensinamentos continuam para que o Wild possa se desenvolver. Dessa vez saber assumir as consequências de seus atos. Esse mês de castigo com certeza foi importante para que ele comece a repensar seus atos. No mínimo ele não vai querer outra punição igual, mas me chamou a atenção mesmo a comparação com o Nate. Colocá-los para se sentir na pele de alguém que eles desgostam foi uma boa tática da Susan para fazê-los perceber que estavam errados.

    E falando no Nate, quem imaginaria que ele fosse apenas um Pokémon carente de atenção no fim das contas? É interessante que você colocou essa vontade dele de ser amado de uma forma diferente. Em vez dele simplesmente chegar e dizer "oi, posso ser amigo de vocês?", você fez com que essa lacuna transformasse essa vontade de ser notado e acolhido em uma inveja muito forte dele para com o Wild. E isso foi muito interessante, porque foi muito real. Mas no fim das contas ele também se arrependeu do que fez e foi integrado ao grupo. A cada capítulo a família cresce. É até uma pena que já esteja chegando o final da história, seria interessante ver mais de cada um. Mas o destaque da história é o Wild, então vamos ver como você vai conectar a história dele com a história principal de Aventuras em Galar.

    Até a próxima, Angie! õ/

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    1. Shadow, fico táo feliz por você por aqui de novo!

      Nem tudo pode ser sempre um mar de rosas, não é verdade? Eventualmente, na vida de qualquer um de nós, já fomos castigados de uma maneira ou de outra. Wild e Peter aprenderam que devem respeitar os outros, especialmente, o lugar que cada um ocupa. E sim, de facto, Susan foi bastante inteligente em mostrar aos mais novos como é que as coisas são realmente.

      Nate foi o protagonista deste capítulo, acredito. Na verdade, a meu ver, a história dele escreveu-se sozinha. Na minha cabeça, foi como se ele ganhasse voz própria e me contasse a sua história. Eu só ouvi e tentei transmitir isso para aqui. Sinto que, por algum tempo, Nate foi uma personagem um pouco injustiçada, sabe? Afinal, ninguém o conhecia realmente e todos lhe apontaram o dedo logo de imediato.

      Apesar das suas ações contra a família, Wild acaba por perceber e perdoar o Pokémon. Acredito que, neste momento, Wild percebe melhor o lado de Nate mesmo por causa de toda a situação e ponto de vista explicado por Susan. Afinal, se Wild pode fazer porcaria e ter uma segunda oportunidade, porque Nate não deve ser igual?

      Ai Shadow, não diga isso! Para mim foi um pouco difícil limitar a história a 10 capítulos, mas eu não queria estender demasiado também.

      Os próximos capítulos vão ter participações de personagens muito especiais! Mal posso esperar para ver a sua reação!

      Até!

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