Posted by : Angie Mar 21, 2021


                Victor permanecia sentado na sala de espera do Turffield Stadium. Entre as várias exclamações e aplausos que conseguia escutar, vindos do exterior do recinto, o rapaz recordava todas as estratégias que tinha planeadas para colocar em prática no seu combate contra Milo.

 

            O tempo passou. O ruído vindo do exterior começou a diminuir calmamente. Talvez o combate de Hop tivesse terminado. Se isso fosse, de facto, verdade, então Victor seria o próximo. O rapaz sentiu as palmas das suas mãos ficarem suadas. Aquilo acontecia sempre que começava a ficar nervoso. Passou-as pelos calções brancos do uniforme, limpando-as rapidamente, ao mesmo tempo que a voz do Líder de Ginásio se voltava a ouvir nas colunas da sala.

 

            - Victor, é a tua vez.

 

            O rapaz levantou-se num salto. Estava na altura de deixar para trás os sentimentos imaginários que ocupavam os seus pensamentos e encarar a realidade. Não havia mais tempo a perder.

 

            O treinador atravessou a grande porta de metal, que dava passagem para o túnel escuro por baixo das bancadas do estádio. Correu por alguns segundos, até ser iluminado pela luz solar que espreitava pelo céu aberto do edifício. Naquele momento, a multidão presente no local voltou-se a ouvir. Entre gritos e exclamações, Victor sorriu timidamente. Apesar de estar nervoso, não conseguia deixar de se sentir ainda mais motivado por ter tanta gente a observá-lo.

 

            - Estou aqui! – exclamou o gémeo, ao mesmo tempo que acenava na direção de Milo e se colocava de um dos lados do recinto de batalha.

 

            - Bem-vindo, finalmente. – o Líder de Ginásio sorriu. – Infelizmente, o teu amigo Hop não conseguiu provar a sua força contra os Grass-Type. Será que tu és capaz?

 

            Victor estremeceu. Então, Hop não tinha conseguido vencer Milo, mesmo depois de todo aquele treino. Isso significava que, de facto, o Líder de Ginásio era ainda mais forte do que ele pensava. E, por outro lado, que Hop estava, provavelmente, bastante infeliz e desiludido com ele mesmo. No entanto, aquele não era o momento para se preocupar com o seu amigo. A prioridade era vencer aquela batalha e conquistar a sua primeira Badge.

 

            - Espero que sim, Milo! – respondeu finalmente. – Eu e os meus Pokémon treinámos juntos até aqui. Com certeza, daremos o nosso poder máximo.

 

            - Gosto dessa energia! – exclamou, rodando o chapéu de palha na sua cabeça.

 

            O árbitro do estabelecimento aproximou-se das linhas do campo, preparando-se para anunciar as regras da disputa.

 

            - Milo e Victor. – chamou ele. – Cada um de vocês poderá utilizar dois Pokémon, sem trocas, ao longo da batalha. A mecânica Dynamax pode ser utilizada, em apenas um Pokémon durante todo o combate. Estão prontos? – perguntou, recebendo um aceno afirmativo dos dois lados. – Podem começar!

 

            Vários drones começaram a flutuar por cima do recinto de batalha, emitindo a disputa em direto para toda a população de Galar.

 

            - Prepara-te, rapaz. Estás prestes a conhecer o poder da natureza!

 

            Milo arremessou uma Ultra Ball para o centro do campo, revelando a figura de um pequeno Pokémon. O seu corpo era redondo e azul, com dois pequenos olhos encarnados. No topo da sua cabeça, várias folhas verdes brilhavam com a luz do sol. A boca da criatura permanecia aberta, como se estivesse a sorrir.

 


            - Oddish, um Pokémon Grass-Type e Poison-Type. – falou o Rotom Phone de Victor. – Durante a noite, caminha por terrenos férteis para plantar as suas sementes. Cresce à luz da lua.

 

            - Timburr, vem daí!

 

            A esfera do Pokémon foi lançada ao ar, revelando o corpo do Fighting-Type, que continuava a segurar o seu tronco de madeira com toda a determinação.

 

            - Vocês são os desafiantes, portanto o primeiro ataque é vosso. – indicou Milo.

 

            - Sendo assim, vamos começar com Rock Throw.

 

            Com a ajuda do tronco de madeira, Timburr bateu repetidas vezes no solo do recinto, formando pequenas rochas que, logo de seguida, arremessou na direção do adversário, atingindo-o.

 

            - Muito bem, Victor. Mas essas pequenas pedras não vão destruir a nossa planta! Acid.

 

            - Não te deixes atingir, Timburr!

 

            Do interior da boca de Oddish, várias esferas de ácido começaram a ser lançadas na direção do Pokémon de Victor, que se esquivou     agilmente, com a ajuda do seu tronco de madeira. Nas bancadas, o público aplaudia a velocidade e estratégia do Fighting-Type.

 

            - Nada mau. – comentou Milo.

 

            - Ainda agora estamos a começar. Pound!

 

            Timburr saiu disparado na direção de Oddish que, sem tempo para contra-atacar, deixou-se atingir pelo ataque, sendo lançado ao chão do local. Victor esboçou um sorriso, ao ver a força do seu Pokémon controlar o ritmo da batalha. Já Milo, observava o seu Pokémon, que se levantava do chão.

 

            - Vamos continuar, companheiro! – exclamou, incentivando o Pokémon. – Stun Spore.

 

            - Contra-ataca com Rock Throw!

 

            Enquanto Oddish lançava vários poros elétricos na direção de Timburr, este destruí-os com a ajuda de várias rochas que lançava na sua direção, anulando completamente o ataque do Grass-Type.

 

            - Vamos mudar o rumo do jogo! Sweet Scent.

 

            Mantendo-se no seu lugar, Oddish rodopiou o seu corpo, soltando, do topo da sua cabeça, uma nuvem de ar cor-de-rosa, colorindo todo o recinto de batalha. Timburr, por sua vez, deixou-se atingir pelo ataque, aparentemente, indefeso. No entanto, o Fighting-Type sentiu o seu corpo relaxar automaticamente, deixando, inclusivamente, cair o tronco de madeira no chão.

 

            - Timburr, mantém-te alerta! – exclamou Victor. – O ar relaxante do Sweet Scent é apenas uma distração.

 

            - Tens razão, rapaz! – riu Milo, ironicamente. – Mega Drain, agora.

 

            Várias raízes de energia saíram do topo da cabeça de Oddish, atingindo o corpo de Timburr, que viu a sua energia diminuir, enquanto o Grass-Type a recebia no interior do seu organismo, recuperando alguma da energia perdida anteriormente. O combate parecia voltar a equilibrar-se.

 

            - Rock Throw.

 

            O Pokémon de Victor tentou levantar algumas das pedras que existiam no chão do terreno de combate, mas os seus músculos continuavam demasiado fracos para as arremessar na direção de Oddish. O treinador bufou, observando o rosto provocante de Milo.

 

            - Nunca deves subestimar a verdadeira força da natureza, Victor. Pensava que tinhas tudo sob controlo, mas enganaste-te. – riu. – Acid!

 

            Oddish voltou a disparar as esferas venenosas na direção de Timburr, que se deixou atingir pelo ataque, caindo ao chão. O treinador estremeceu. Não se podia dar ao luxo de perder um dos seus Pokémon tão cedo.

 

            - Levanta-te, amigo! – exclamou. – Focus Energy.

 

            Dando ouvido às palavras do seu treinador, Timburr levantou-se do chão, ao mesmo tempo que todo o seu corpo se deixava envolver por um brilho, enaltecendo os seus músculos. O Pokémon concentrava a única energia que lhe restava.

 

            - Stun Spore!

 

            - Nem pensar! – exclamou o rapaz. – Timburr, esquiva-te e usa Low Kick.

 

            Os poros elétricos lançados por Oddish eram, de novo, ultrapassados pelo Fighting-Type, que saltou no ar, pontapeando fortemente a figura de Oddish, que caiu para trás, rebolando pelo campo de batalha e terminando inconsciente aos pés de Milo.

 

            - Oddish está fora de combate! – anunciou o árbitro.

 

            As bancadas vibraram com o resultado da primeira ronda da batalha, assim como Victor, que não escondia o sorriso no seu rosto. Timburr continuava no centro da arena, a receber os aplausos dos presentes, enquanto Milo o observava com atenção.

 

            - É mais forte do que pensava. – admitiu. – Surpreendeste-me, Victor.

 

            - Isso significa que estou a fazer um bom trabalho. – respondeu o rapaz.

 

            Milo sorriu e recuperou o corpo de Oddish para o interior da Ultra Ball, que voltou a guardar no cinto que usava à cintura. De seguida, escolheu outra esfera bicolor do seu cinto, que segurou por algum tempo nas duas mãos.

 

            - Este Pokémon foi o meu primeiro amigo. É aquele que me acompanha desde criança. Conhecemo-nos por um feliz acaso, no meio do nosso verdadeiro habitat. A natureza. – explicou. – Victor, apresento-te o meu companheiro!

 

            A Ultra Ball lançada para o centro do recinto revelou um Pokémon quadrupede e de cor verde. O corpo do pequeno dragão era protegido por uma crosta de tarte amarela e, na cabeça, um pedaço de maçã era usado como capacete. Um aroma perfumado começava a invadir a atmosfera do estádio.

 


            Victor, do outro lado do campo, apressou-se a retirar o seu Pokédex para procurar informações sobre o novo adversário, enquanto Timburr voltava à posição de combate.

 

            - Appletun, um Pokémon Grass-Type e Dragon-Type. – disse o aparelho eletrónico. – O aroma doce que provém do seu corpo é utilizado para atrair insetos, a sua fonte de energia. O seu corpo é bastante macio.

 

            - Vamos a isto! Headbutt.

 

            Sem perder tempo, Appletun saiu disparado na direção de Timburr, atacando-o com uma forte cabeçada e projetando-o ao ar. Sem qualquer forma de se proteger, o Fighting-Type caiu na arena de combate, demasiado fraco para continuar a disputa.

 

            - Timburr está inconsciente! – anunciou o árbitro.

 

            Victor observava o corpo do seu Pokémon desmaiado no chão. Appletun permanecia ao seu lado, sem um único arranhão. O rapaz olhava-o com surpresa. Com um simples ataque, Milo conseguiu dar a volta ao jogo, empatando a disputa entre os dois. A forma como o Líder de Ginásio improvisava a sua própria estratégia era surreal.

 

            - Fizeste um ótimo trabalho, Timburr. – o treinador murmurou, permanecendo no seu lugar, apontando a Poké Ball na direção do corpo do Pokémon, que foi sugado para o seu interior. – Mas nós ainda não estamos prontos para perder.

 

            O gémeo lançou a cápsula de Rookidee ao ar, revelando o corpo do pequeno pássaro, que esvoaçava pelo campo de batalha. Depois de um árduo treino, o Flying-Type tinha aprendido novas técnicas que seriam fundamentais contra os Grass-Type de Milo. Era o verdadeiro trunfo de Victor, que não estava disposto a fracassar.

 

            - Dragon Pulse.

 

            Appletun abriu a boca, reunindo a sua energia para criar uma esfera de aura verde, que logo lançou na direção Rookidee que, por sua vez, se esquivou rapidamente pelos ares do recinto. A rapidez do Flying-Type era superior, dando-lhe o privilégio de se esquivar sem grandes dificuldades.

 

            - Ataca com Pluck!

 

            - Protect.

 

            O bico de Rookidee começou a brilhar, à medida que ele mergulhava no ar, na direção de Appletun. Este, por sua vez, criava uma barreira de proteção à volta do seu corpo, anulando o ataque do adversário por completo.

 

            Victor e Milo trocaram olhares. A disputa entre os dois parecia estar longe de terminar, no entanto, o Líder de Ginásio estava decidido a ir até ao fim com o seu companheiro. Aquele era o momento onde todas as cartas seriam postas em cima da mesa. Era a altura de desbloquear e utilizar o poder máximo do seu Pokémon.

 

            - Foi um ótimo combate, Victor. Mas agora está na hora de terminar o espetáculo! – exclamou, abrindo os dois braços no ar, revelando a pulseira brilhante que usava no pulso. – Está na hora de Gigantamax!

 

            O rapaz estremeceu ao ouvir aquelas palavras e esbugalhou os seus olhos, observando com a máxima atenção aquilo que aconteceu a seguir.

 

            Depois de Milo retroceder o corpo de Appletun para o interior da Ultra Ball, o Líder de Ginásio ativou a sua Dynamax Band. De forma automática, a esfera bicolor que segurava nas duas mãos aumentou de tamanho drasticamente. De seguida, o jovem lançou-a para a frente, revelando uma criatura gigante e fazendo com que todos os espectadores nas bancadas se levantassem e deixassem escapar as suas exclamações de surpresa e admiração.

 

            Depois de exposto à misteriosa energia Gigantamax, o corpo de Appletun alterara-se por completo. Uma maçã gigante encontrava-se no centro do estádio. No seu interior, um grande dragão permanecia de olhos esbugalhados e boca aberta. A sua enorme cauda servia agora de base à maçã, que era protegida por uma espessa camada de néctar, protegendo a criatura de fortes ataques. O pescoço do Pokémon gigante era rodeado por nuvens vermelhas de energia.

 


            Victor, ainda abismado com todo aquele acontecimento, tentava segurar o seu Rotom Phone na mão, que narrava novas informações sobre o adversário.

 

            - Appletun Gigantamax, um Pokémon Grass-Type e Dragon-Type. Graças ao seu doce e pegajoso néctar, consegue afogar os adversários sem qualquer dificuldade. O seu corpo grosso e viscoso protege-o de fortes ataques.

 

            O jovem treinador permaneceu petrificado por vários segundos. A força e o poder de Appletun pareciam esmagadores, comparados com o tamanho minúsculo de Rookidee. À sua volta, as pessoas nas bancadas aumentavam cada vez mais as suas exclamações de excitação. Do outro lado de campo, Milo espreitava atrás do corpo do Pokémon gigante. O Líder de Ginásio divertia-se com a reação do desafiante.

 

            - E agora, Victor? – provocou ele.

 

            A mesma questão ecoava na mente do rapaz. Seria impossível combater uma criatura gigante com o tamanho de Rookidee. Havia uma alternativa para aquilo tudo, mas o jovem treinador não tinha a certeza se seria capaz de controlar um Pokémon tão grande e com uma força tão infinita. No entanto, ele não estava disposto a perder assim tão facilmente. Voltou o seu olhar para a Dynamax Band que usava no pulso, oferecida por Magnolia. Por momentos, recordou todas as informações que tinha anteriormente estudado sobre a matéria. Ele sabia toda a teoria, no entanto, a prática parecia demasiado intimidante. Da mesma forma, perder aquele confronto devido ao medo que sentia seria demasiado frustrante.

 

            - Rookidee! – chamou. – Vamos tentar a nossa sorte. Hora de Dynamax!

 

            Depois de retroceder o corpo de Rookidee para a sua cápsula, o rapaz ativou a energia da sua Dynamax Band. No interior da pulseira, o líquido espesso começou a mover-se rapidamente e, à sua volta, Victor começou a sentir uma onda de energia ganhar vida. Nas suas mãos, a Poké Ball aumentou de tamanho, dando a indicação de que o processo estava concluído. Depois de respirar fundo, o rapaz lançou a grande esfera para a frente, revelando o corpo gigante de Rookidee, envolto em nuvens de energia. O grande pássaro pousou as patas na arena, abrindo as suas asas e encarando, frente a frente, a figura do seu adversário.

 

            O treinador usou novamente o seu Pokédex para conferir as alterações provocadas no seu Pokémon, analisando atentamente as mecânicas desbloqueadas através do fenómeno Dynamax. Em simultâneo, o público voltava a aplaudir o novo Pokémon gigante presente no recinto do Turffield Stadium.

 

            - Vamos testar os limites da natureza neste último confronto. Que vença o melhor! – Milo gritou, do outro lado do campo.

 

            - Começa com Max Strike!

 

            Rookidee bateu com as suas asas no chão, fazendo com que o solo abaixo de Appletun se abrisse, deixando escapar uma energia que atingiu o gigante Pokémon, ferindo-o levemente.

 

            - Max Overgrowth!

 

            Vários espinhos gigantes foram lançados da boca de Appletun na direção de Rookidee, atingindo-o. Por ser um movimento Grass-Type, o dano provocado no pássaro não era muito significante, no entanto, o ataque fez com que vários montinhos de erva começassem a surgir no terreno da arena.

 

            - O facto de se tornarem criaturas de dimensões tão grandes faz com que se torne praticamente impossível escaparem dos ataques dos adversários. – murmurou o treinador. – Vamos aproveitar para usar Max Airstream!

 

            O simples bater de asas de Rookidee foi suficiente para criar um tornado de vento gigante, que foi lançado na direção de Appletun, atingindo o Grass-Type em cheio. Por ser uma técnica super efetiva contra a criatura, o Pokémon gigante cambaleou, começando a sentir o seu corpo enfraquecer. Atrás de si, Milo rodopiava o chapéu de palha que usava na cabeça.

 

            - Vamos manter-nos firmes e rijos como varas! – exclamou. – Max Wyrmwind!

 

            - Depressa! Max Guard!

 

            Appletun voltou a abrir a boca, lançando, desta vez, um forte grunhido, que surpreendeu todos os presentes no local. Um forte remoinho de cor negra e roxa foi formado à frente do seu corpo, que logo foi lançado na direção de Rookidee que, por sua vez, se protegeu a tempo, criando uma barreira de energia, anulando assim o ataque Dragon-Type. Victor esboçou um fraco sorriso ao ver a expressão de surpresa no rosto de Milo.

 

            - Bem jogado. – apontou o especialista Grass-Type. – Mas vê se aguentas com esta! G-Max Sweetness!

 

            Várias esferas de energia de cor verde foram lançadas na direção de Rookidee que, sem proteção, se deixou atingir pelo movimento. Apesar de ser uma técnica não muito efetiva contra o Flying-Type, o ataque tinha um poder distinto de todos os outros, causando alguns ferimentos no corpo do pássaro.

 

            - Rookidee, aguenta mais um pouco! – Victor gritou, recebendo a atenção do Pokémon. – Max Airstream!

 

            Mais uma vez, o pássaro gigante bateu as asas, lançando uma forte rajada de vento contra Appletun, que foi atingido em cheio. A gigante criatura grunhiu uma última vez, sobrepondo-se a todas as exclamações vindas das bancadas. O seu corpo brilhou por alguns segundos e o Pokémon caiu no chão fraco, voltando à sua forma normal. Do outro lado do campo, também a forma Dynamax de Rookidee brilhava, antes deste voltar a assumir as suas proporções habitais. O pássaro continuava a esvoaçar pelo local, ao contrário do adversário, que permanecia imóvel no chão.

 

            - Appletun está inconsciente! – anunciou o árbitro do confronto. – Os dois Pokémon de Milo estão fora de combate. O vencedor é Victor!

 

            A multidão de espectadores levantou-se dos seus lugares, aplaudindo o resultado da batalha. Victor deitou as mãos à cabeça, ainda incrédulo com toda aquela experiência que acabara de viver. Não conseguia acreditar que tinha, de facto, vencido o seu primeiro desafio no Gym Challenge. O treinador esboçou um sorriso e correu na direção de Rookidee, abraçando o pequeno pássaro que exclamava de felicidade.

 

            - Conseguimos, amigo! – riu Victor, soltando o Pokémon.

 

            Rookidee batia as asas, fazendo piruetas no ar. O Pokémon sentia uma felicidade enorme. Para além disso, sentia-se também invencível, como se o poder dentro de si estivesse a crescer gradualmente e nunca mais parasse.

 

            De repente, todo o estádio parou para observar o Flying-Type, a verdadeira estrela da disputa. O corpo do pequeno pássaro foi invadido por uma luz branca e brilhante, à medida que os seus membros cresciam em simultâneo. Quando a luz se apagou, uma nova criatura apareceu no local. O corvo de porte médio tinha penas azuis escuras por todo o corpo e penas negras nas suas extremidades. Os dois olhos permaneciam encarnados enquanto o bico, no seu rosto, parecia ligeiramente maior.

 


            - Corvisquire, um Pokémon Flying-Type. – anunciou o Rotom Phone de Victor. – Depois de várias batalhas, aprende a analisar um adversário antes mesmo de o enfrentar em combate. É inteligente o suficiente para utilizar ferramentas improvisadas contra os seus rivais.

 

            - Espetacular! – exclamou. – Evoluíste!

 

            O corvo continuou a esvoaçar pelo local, agora demonstrando a sua nova forma, enquanto era aplaudido por todos os espectadores.

 

            Depois de Milo retroceder o corpo de Appletun para o interior da sua Ultra Ball, o rapaz caminhou até ao centro do recinto, aproximando-se de Victor e do seu Pokémon recém evoluído.

 

            - Parece que não ganhaste apenas a tua primeira Badge. O teu Pokémon também evoluiu. – falou, esboçando um sorriso.

 

            - Isto aconteceu mesmo? – o treinador questionava, fazendo o Líder de Ginásio rir. – Ainda não acredito.

 

            - Conseguiste vencer a natureza dos meus Pokémon Grass-Type. Para além disso, aprendeste a dominar um Pokémon Dynamax, o que não é nada fácil. As proporções gigantes, por vezes, não são nada favoráveis. E, finalmente, fizeste o teu Pokémon evoluir. – Milo fez uma pausa. – Foi um prazer enorme combater com um jovem treinador como tu. Tens uma natureza especial dentro de ti. – murmurou. – E, acima de tudo, provaste ser merecedor do meu prémio, Victor.

 

            O árbitro que supervisionara todo o combate aproximou-se dos dois, segurando nas suas mãos uma bandeja com um tecido felpudo verde. No centro do objeto retangular, um pequeno crachá, com uma folha verde esculpida, reluzia com a luz do sol.

            - Que bonito.

 

            - Aqui está. – Milo pegou no pequeno objeto, colocando-o na palma da mão de Victor. – A Grass Badge. É toda tua.

 

            O rapaz sorriu, observando a pequena insígnia que representava um significado tão grande. Não era só uma Badge. Era também a prova do empenho, esforço e trabalho realizado por ele e pelos seus Pokémon. Era o resultado do trabalho em equipa.

 

            - Obrigado. – murmurou, com um brilho nos olhos.

 

• • •

 

            A tarde começava a cair na cidade de Turffield. O céu, pintado em tons quentes, era observado por Hop, que permanecia sentado num dos bancos da colina mais alta da cidade. Era a única alma naquele local, no entanto, os seus pensamentos encontravam-se bem longe dali.

 


            Depois da derrota fatídica contra Milo, o rapaz percorrera toda a cidade a pé, tentando colocar as suas ideias em ordem. Mas parecia impossível. Os sentimentos de desilusão e fracasso eram mais fortes do que outro qualquer. Ver os seus Pokémon perder, pela segunda vez, era, no mínimo, desmotivador. Na sua mente, começava a pensar no desanimo que seria para a família ter um filho como ele. Especialmente para Leon, o Campeão de Galar. Devia ser, no mínimo, vergonhoso, ter o seu nome associado a um falhado como ele. Talvez, no fundo, aquela não fosse a sua verdadeira vocação. Talvez ser um Treinador Pokémon não fosse para ele. Afinal, tudo o que era necessário para o ser, ele não conseguia realizar. Era frustrante.

 

            Para além de não conseguir vencer uma única batalha, os seus Pokémon não o respeitavam e pareciam infelizes. Na verdade, sem eles, Hop não seria um verdadeiro treinador. Então, no fundo, a decisão parecia estar nas suas mãos.

 

            O rapaz abriu a sua mochila, retirando as três Poké Balls que formavam a sua equipa. Observou-as por alguns momentos, ao mesmo tempo que elas reluziam com a luz dourada do final do dia. Inspirou fundo e, finalmente, atirou-as ao ar. Grookey, Wooloo e Roggenrola apareceram à sua frente. Todos eles expressavam um ar cansado e um tanto desanimado, tal como o treinador. Especialmente Grookey, que encarava o rapaz com um olhar frio.

 

            - Perdemos outra vez. – disse sem rodeios. – Eu não sei onde falhei. Eu não sei o que fazer para melhorar. Começo a achar que não deveria ter saído numa jornada. No fundo, é como se estivesse a perder o meu tempo, e a obrigar-vos a perder o vosso tempo também. – ele suspirou. – Talvez eu não seja um treinador merecedor de companheiros Pokémon como vocês. Então, esta é a vossa oportunidade de irem embora e procurar alguém melhor que tome conta de vocês. – falava, com um olhar brilhante. Os seus olhos começavam a encher-se de lágrimas. – Desculpem.

 

            O jovem baixou a cabeça, escondendo os fios de lágrimas que começavam a descer pelas suas bochechas. Não podia permitir que os seus Pokémon o vissem daquela maneira.

 

            Wooloo soltou um grunhido, aproximando-se do treinador e esboçando um pequeno sorriso no rosto. A ovelha da família nunca iria abandonar o seu treinador. No fundo, os dois cresceram juntos, desde sempre. E iriam continuar da mesma maneira, até aos finais dos seus dias. Hop encarou a pequena ovelha sorridente. Pela sua expressão, não parecia ir a lado nenhum, o que, no fundo, aliviou o rapaz.

 

            Logo a seguir, Roggenrola deu alguns passos em frente. A pequena rocha podia ter algumas dificuldades em expressar os seus sentimentos, mas ela não se iria esquecer da oportunidade que Hop lhe dera, quando todos pareciam estar contra si. No fundo, fora ele que a salvara da solidão. O Rock-Type soltou uma exclamação, mostrando ao treinador que iria permanecer ao seu lado.

 

            Por sua vez, Grookey permanecia imóvel. O pequeno macaco parecia refletir em silêncio, enquanto observava o rapaz à sua frente. Fora ele quem o escolhera para seu Pokémon Inicial no primeiro da sua jornada. Apesar de não ser, de todo, um treinador experiente, o Grass-Type conseguia sentir a vontade que ele tinha em aprender e melhorar cada vez mais. No entanto, havia algo que se colocava no caminho do sucesso, o que se tornava bastante desmotivador. Principalmente para Grookey que, tal como Hop, tudo o que desejava era vencer e ser o melhor. O macaco saltou para cima do banco, usando o seu galho de madeira para bater na cabeça do treinador, tal como fizera no momento em que os dois se conheceram pela primeira vez. A criatura revelou um sorriso. Não estava pronto a desistir tão cedo. No fundo, acreditava que os dois ainda poderiam chegar longe. Só tinham de continuar a tentar.

 

            Hop esboçou um grande sorriso, abraçando os seus três Pokémon. Aparentemente, ele estava completamente enganado. Podia não ser um treinador experiente, no entanto, isso não significava que os seus Pokémon o quisessem abandonar. Na verdade, eles também não eram as criaturas mais perspicazes. Mas, no fundo, todos sabiam que, juntos, poderiam crescer em força e construir uma grande fortaleza. O rapaz apertou os corpos dos três Pokémon contra si, desejando que aquele momento nunca mais terminasse.

 

            - Apesar de ainda estares no início da tua jornada, a relação que criaste com os teus Pokémon parece ser demasiado forte para eles te abandonarem. – outra voz ouviu-se no local.

 

            Hop virou-se, encontrando a figura de Milo, que permanecia de pé à sua frente. Ao contrário do rapaz, o Líder de Ginásio continuava a usar o seu uniforme e o chapéu de palha na cabeça.

 

            - Há quanto tempo estavas aí? – o treinador perguntou, surpreso.

 

            - O tempo suficiente para testemunhar este momento inesquecível na tua vida. – respondeu, esboçando um fraco sorriso.

 

            - Desculpa. – murmurou, voltando a colocar as criaturas no chão.

 

            - Porque estás a dizer isso?

 

            - Não queria fazer-te perder tempo com um treinador inexperiente como eu. – respondeu.

 

            - Um combate nunca é perda de tempo. – respondeu o Líder de Ginásio, caminhando pelo local e encostando o seu corpo à vedação que cercava a colina. – Há sempre alguma coisa para aprender.

 

            - Eu aprendi que sou um treinador mais fraco do que pensava.

 

            - Eu não acho que isso seja inteiramente verdade, Hop. Mas, se é isso que achas, então deves começar por aí.

 

            - Se isto não é verdade, então o que é?

 

            - Acho que és um jovem rapaz inseguro. – respondeu Milo, de forma sincera. – Estás a aprender, aos poucos, como te tornares um Treinador Pokémon. Certamente tens os teus objetivos, é claro. Talvez seja isso que te esteja a pressionar tanto.

 

            - Eu quero ser tão forte como o meu irmão. – afirmou prontamente.

 

            - Quem é o teu irmão?

 

            - Leon. O Campeão de Galar.

 

            - Oh. – o Líder de Ginásio deixou escapar, à medida que franzia a testa. – Tens a certeza que queres que a tua inspiração seja um jovem com um talento altamente raro e poderoso? Sejamos sinceros, Hop. Isso não é realista.

 

            O rapaz ficou sem saber o que dizer por alguns segundos. As palavras de Milo pareciam ter um mínimo de razão. Mas, por algum motivo, ele nunca pensara naquilo anteriormente.

 

            - Se fosse realmente raro, então o Leon não teria todo o talento que tem.

 

            - Eu acho que é precisamente o contrário. – insistiu o mais velho. – O teu irmão tem um talento extraordinário, sem dúvida alguma. Mas a força dele é bastante rara de se encontrar no Mundo Pokémon. Um Treinador Pokémon que nunca tenha perdido uma única batalha? – ele riu, de forma sarcástica. – Só mesmo ele!

 

            - Então, se ele tem todo esse talento, porque é que eu não o devo ter também?

 

            - Hop. Não é por tu seres irmão do Leon que tens de ser igual a ele. Normalmente, os irmãos costumam ser bem diferentes uns dos outros, na verdade.

 

            - Então, se ele é talentoso ou devo ser um fracasso. – murmurou.

 

            - Não é nada disso! – exclamou o outro. –Não percebes? Tu tens de te conhecer a ti mesmo. Tens de ser real. Não uma mera cópia do teu irmão.

 

            Hop calou-se. O rapaz levantou-se do banco, caminhando pelo local e aproximando-se da figura de Milo.

 

            - E se eu não gostar de mim mesmo?

 

            - Isso não vai acontecer. – Milo sorriu. – Eu já fui como tu, Hop. Na verdade, foi neste mesmo sítio que decidi mudar o rumo da minha história. Desde então, este tornou-se o meu lugar preferido em todo o Mundo Pokémon. – afirmou. – Cresci com os meus avós aqui em Turffield. Foi uma infância feliz, no meio da natureza. Sempre tive liberdade para tudo. Acreditava mesmo que nada me podia parar. Mas foi quando perdi o meu avô que percebi que as coisas não eram realmente como eu pensava. Foi ele que me incentivou a não desistir, sabes? – ele fez uma pausa, passando a mão pelo chapéu na cabeça. – Mais tarde, a minha avó preparou tudo para que eu começasse a minha viagem e realizasse o meu sonho. Sem medos ou preocupações. E assim o fiz. Viajei por todo o lado, conheci milhares de pessoas e fiz novos amigos. Foi a melhor altura da minha vida, na verdade. – admitiu. – Mas, quando chegou a altura de assumir o meu tão desejado cargo de Líder de Ginásio, a vida pregou-me outra partida. A minha avó faleceu.

 

            - La-lamento. – murmurou Hop, atrapalhado.

 

            - Está tudo bem. Foi nesse momento que fiquei preso entre duas decisões. Ficar triste e deprimido com a perda do único membro familiar que me restava, ou seguir em frente e realizar o meu sonho de criança. Obviamente, escolhi o segundo.

 

            - Como correu isso?

 

            - Melhor do que pensava. – confessou. – Fui obrigado a lidar com a realidade que me enfrentava, enquanto seguia em frente. No fundo, segui o concelho do meu avô. Nunca desistir. E ficar sempre mais forte. Eu acho que é isso tu deves fazer.

 

            Hop assentiu, refletindo sobre o discurso que Milo dissera. Agora os seus olhos observavam as várias gravuras marcadas na montanha à sua frente. Uma criatura maior era rodeada por várias criaturas de tamanho mais pequeno. O rapaz esboçou um pequeno sorriso.

 

            - Queremos todos ser mais fortes, mas, por mais que cresçamos, continuamos sempre pequeninos. – murmurou.

 

            - É a vida. Uma verdadeira força da natureza.

 

• • •

 

            Já era noite. No Pokémon Center de Turffield, Victor e Gloria conversavam animadamente no quarto reservado pelo grupo.

 

            - Estás mesmo bem? – o rapaz voltava a repetir. – Eu fiquei preocupado quando te vi caída no chão, mas não podia voltar para trás e ajudar-te. – lamentou.

 

            - Sim! – exclamou a gémea. – Foi só estúpido. Não foi nada inteligente da minha parte pedir ajuda ao Scorbunny. Para além disso, eu nunca na vida liderei um rebanho de Wooloo. Não fazia a mínima ideia de como fazer aquilo. – riu. – Às vezes gostava de ter o teu grande cérebro.

 

            - Pelo menos estás bem. – o outro sorriu. – É isso que interessa.

 

            - Na verdade, o que realmente importa é que tu ganhaste a Grass Badge! E ainda evoluíste o teu primeiro Pokémon!

 

            - Eu sinto que não devemos comemorar sem a presença do Hop. – murmurou.

 

            - Eu espero que ele esteja bem. Procurei-o depois do combate, mas ele desapareceu por completo. – explicou.

 

            - Talvez devêssemos ir à sua procura. – o rapaz espreitou pela janela do quarto. – Onde é que ele andará?

 

            A porta da divisão abriu-se. Os dois irmãos voltaram-se na sua direção, encontrando a figura de Hop. O rapaz fechou a porta atrás de si e revelou um sorriso no seu rosto ao rever os amigos.

 

            - Desculpem voltar tão tarde. – disse.

 

            - Não tem problema, amigo. – Victor respondeu.

 

            - Devíamos festejar a tua vitória! – exclamou. – O que queres fazer?

 

            - Hop, estávamos preocupados contigo. – interrompeu Gloria numa voz calma. – Onde estiveste até agora?

 

            - Andei por aí. Precisava de estar sozinho. – explicou.

 

            - Eu sei o quão importante isto era para ti. Como te sentes? – questionou o gémeo.

 

            - Na verdade, não sei. – disse de forma sincera. – Por momentos, pensei em desistir de tudo e voltar para Postwick. Mas nenhum dos meus Pokémon me quis abandonar. E a conversa com o Milo também me ajudou.

 

            - Estiveste com o Milo? – Gloria parecia surpresa.

 

            - Encontramo-nos por acaso. Ao que parece, ele é bastante simpático. Conversávamos sobre várias coisas, na verdade. E ele ajudou-me. Mais do que eu esperava.

 

            - Afinal, Líderes de Ginásio também são pessoas, não é? – riu Victor. – Mas fico feliz que estejas bem.

 

            - Infelizmente, ainda não é desta que se livram de mim. – brincou o moreno. – Quero continuar a viajar com vocês. Descobrir este mundo infinito, enquanto me descubro a mim mesmo.

 

            - Uau. Que inspirador. – brincou a rapariga.

 

            - E tu? Estás bem? Não estavas com bom ar da última vez que te vi. – provocou Hop.

 

            - Parece que todos temos coisas para aprender. Nenhum de nós vai desistir tão cedo. – respondeu, esboçando um sorriso.

 

            Victor levantou-se, abrindo os seus dois braços e puxando os amigos para junto do seu corpo, abraçando-os. À força, Gloria e Hop acabaram por ceder. Os três sorriram, felizes por estarem reunidos de novo.

 

            - Sendo assim, temos muito para festejar!


                  


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  1. Oiii Angie!

    E temos a batalha de ginásio do Victor. A batalha foi legal e foi bom ver ele usando o Dynamax. Inclusive, a Marnie chegou a usar? Fico nessa dúvida. E parece que você vai adotar o sistema do jogo de evoluir apenas depois da batalha, curioso, raramente trabalham assim.
    Mas o melhor do capitulo na minha opinião, foi a cena do Hop. A conversa com os pokémon e principalmente a parte que o Milo fala, ficaram muito boas.
    Agora é ver como você vai trabalhar com o Hop e a Gloria, eles vão tentar até conseguir? tem limite de tentativa? tempo? Bom, vamos ver.
    E é isso, até o próximo capítulo, Angie!

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    1. Alefu! Finalmente, temos a vitória de um dos protagonistas no Turffield Stadium, não é verdade? Eu gostei muito de escrever este primeiro combate de ginásio e diverti-me bastante com o fenómeno do Dynamax. Acho que deixa uma dinâmica interessante entre os Pokémon. Sobre a evolução ter acontecido no final, desta vez, prendeu-se simplesmente com o facto de o próprio Rookidee estar em Dynamax, acho que ficaria estranho fazer uma evolução em tamanho gigante, percebe? Então foi mais uma escolha de lógica racional, a meu ver, deixar essa evolução para o final da batalha.

      Que engraçado, voltar atrás e perceber como, despropositadamente, o Hop se tornou no protagonista desta primeira parte da história. Essa cena foi muito interessante de escrever, confesso. É um momento onde vemos o pobre adolescente a tentar lidar com os demónios que assombram os seus pensamentos. No fundo, tudo corre bem porque os seus Pokémon continuam ao seu lado. E a verdade é que as palavras de Milo também caíram muito bem, não é? De certa forma, alinham-se com a sua própria história e quando isso acontece, para mim enquanto autor, é sinal que a história está a fluir corretamente.

      Quando é que Hop e Gloria vão voltar a enfrentar Milo? Querido Alefu, Galar tem imensos ginásios para visitar e o tempo não pára. Talvez voltemos a Turffield mais no futuro, mas, por agora, vamos seguir viagem!

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