Posted by : Angie Oct 6, 2019


Capítulo 4 - Tu és o meu melhor amigo

            Naquele dia, o céu nublado que pairava sobre a Wild Area ameaçava a chegada de alguns aguaceiros. No entanto, Wild e a sua família Pokémon divertiam-se no jardim de sua casa, enquanto o tempo o permitia. Susan, George, Tommy e Rory, o membro mais recente da família, conversavam alegremente numa roda, enquanto Wild e Peter brincavam distraídos entre o jardim de flores, plantado e tratado pela figura materna do grupo.

            Vários meses se passaram desde que o grupo resgatou a pequena Wynaut das garras do gigante Tyranitar. Depois de voltarem para casa, o grupo de Pokémon decidiu acolher a Pokémon bebé, tal como fizera com Wild. Susan e Rory tornaram-se cúmplices de imediato. A Pokémon casulo já não se sentia tão sozinha, numa casa cheia de membros do sexo masculino. George prometera proteger a pequena, tal como o resto de toda a família. No entanto, Tommy não parecia muito satisfeito por dividir o seu quarto com Rory, que o incomodava diariamente para que o irmão mais velho lhe lesse mais uma das suas histórias. Wild e Peter eram os que permaneciam mais afastados do novo membro. Com a idade, o menino ganhava mais vontade de explorar e de se divertir à sua maneira, neste caso, com o seu melhor amigo.

            - Tommy, tens a certeza que temos comida suficiente para todos? – George voltava a perguntar.

            - Já confirmei duas vezes. – respondeu. – Não precisas de te preocupar com isso.
            - Eu só quero ter a certeza…

            - Querido, a última vez que verifiquei, as prateleiras da cozinha ainda estavam cheias. – riu Susan. – Eu tenho a certeza que o Tommy tem tudo sob controlo.

            - Mamã? – Rory descansava encostada ao casulo da mulher, enquanto observava atentamente os movimentos de Wild e Peter entre as flores. – Posso ir brincar com eles? – perguntou.

            - Querida… eu acho que é um pouco perigoso para ti.

            Perdido no meio do campo florido, o corpo de Wild saltitava alegremente. O menino e o seu amigo, Peter, jogavam um jogo criado por eles. Os dois lançavam uma bola na direção de cada um, tentando acertar o adversário do outro lado do campo, que se podia esconder entre as flores.

            Naquele momento, alguns pingos de chuva começavam a cair do céu, enquanto Wild, que segurava a bola entre as suas mãos, procurava pela figura de Bunnelby entre os ramos verdes do jardim. Os restantes membros do grupo levantaram-se do chão. Bewear colocou Wynaut nas suas costas e, acompanhados de Snover, os três entraram no interior da casa, enquanto Metapod chamava pelos dois amigos que ainda permaneciam no exterior.

            - Wild! Peter! Vamos para dentro! – chamou. – Não se podem constipar!

            No entanto, nenhum dos dois respondeu. Concentrados na disputa e com os olhos na vitória, Wild arremessou a bola na direção de uma sombra que ele avistara entre as flores. Um grito fez-se ouvir, mas aquela não era a voz familiar de Peter que, naquele momento, levantava a cabeça do outro lado do campo.

            Num rápido segundo, um feixe de eletricidade foi disparado ao ar, transformando-se numa teia elétrica, que atingiu o corpo de Wild em cheio. O rapaz caiu fraco no chão, gritando de dor.

            - Wild! – o grito de desespero de Susan fez-se ouvir por todo o jardim.

            Naquele momento, a chuva parecia intensificar-se. Do meio do campo florido, uma pequena criatura revelou-se. O seu corpo era incrivelmente pequeno, mas o pelo amarelo destacava-se entre a verdura do jardim. Os seus quatros olhos observavam com atenção o espaço à sua volta, analisando tudo com grande cuidado. Aquela pequena aranha era conhecida pelo nome de Joltik.



            - Amigo! – Peter exclamava, correndo na direção do rapaz.

            - Pe-ter…

            O rapaz levantou a sua camisola de seda, revelando uma queimadura na barriga, ao mesmo tempo que deixava escapar alguns gemidos de dor.

            - Isso é o que acontece quando se metem com quem não devem.

            Peter sobressaltou-se com a voz grave que ouvira atrás de si, mas surpreendeu-se ao dar de caras com um pequeno Joltik.

            - Quem és tu? – perguntou irritado.

            - O meu nome é Nate e o teu amiguinho acertou-me com uma bola. – respondeu, de forma ríspida. – Eu só retribuí o favor.

            Por norma, Peter era uma pessoa descontraída e divertida, mas, naquele momento, o seu temperamento alterou-se por completo. Quem se atrevesse a meter com o seu melhor amigo deveria sofrer as consequências. O pequeno coelho correu na direção do adversário, atingindo-o com um Quick Attack. Joltik foi arrastado por alguns metros, mas não parecia muito afetado pela técnica usada.

            - Vais ter que fazer muito mais do que isso, se queres ao menos tentar vencer-me.

            Nate levantou-se e lançou-se na direção de Peter, que fora surpreendido com a alta velocidade do seu inimigo. O coelho caiu ao chão, depois de ser atingindo pelo Fury Cutter da aranha elétrica.

            - Tu és fraco. – murmurou Nate.

            - Eu quero proteger o meu amigo! – exclamou Peter, levantando-se do chão. – E vou fazê-lo!

            O coelho saltou para cima do corpo da pequena aranha e começou a golpeá-lo com um forte Double Slap. A raiva corria pelas veias de Peter. Tudo o que ele queria fazer era proteger o seu melhor amigo, que continuava a contorcer-se de dores, caído no chão. Concentrado em derrotar o seu adversário, Bunnelby nem se apercebeu do pequeno Joltik quando este o atacara com um potente Bug Bite. O coelho caiu no chão, ferido.

            - Como eu disse… és um fraco.

            Antes que pudesse voltar a atacar, o corpo de Nate foi envolvido pelo forte String Shot de Susan. A Pokémon casulo continuava a observar a batalha atentamente, mas não podia permitir que, mais uma vez, um estranho Pokémon atacasse a sua família.

            Nate virou-se na direção da sua nova adversária. Metapod encarava-o seriamente, à espera que ele atacasse. A mãe da família estava pronta para proteger os seus filhotes. Recorrendo novamente à técnica Bug Bite, Joltik soltou-se da seda que prendia o seu corpo, surpreendendo Metapod.

            - Esta seda… é mais forte do que o normal. – admitiu.

            - Muito treino. – respondeu Susan. – Mesmo assim, tu conseguiste livrar-te dela. Eu consigo fazer melhor.

            - Melhor do que aqueles dois, espero eu. – Nate deixou escapar uma gargalhada.

            - Não te metas com a minha família! – ripostou a mulher.

            Sem sair do seu lugar, Metapod protegeu o seu corpo com a técnica Harden, o único ataque que ela podia utilizar enquanto casulo. Entretanto, Joltik lançou-se na sua direção, atingindo-a com Fury Cutter. O casulo rebolou alguns metros, mas nada disse. Susan permanecia calma, parecia que estava à espera de alguma coisa.

            Naquele momento, George, Tommy e Rory saíram do interior da casa, deixando-se surpreender pelo cenário de batalha.

            - Querida! – exclamou George, visivelmente preocupado.

            - Nós precisamos de fazer alguma coisa. – murmurou Tommy.

            - Fiquem quietos! – ordenou Susan. – Eu mesma vou tratar deste assunto.

            Todos se calaram, à exceção de Nate. A aranha observava com atenção todos à sua volta. Talvez eles fossem, realmente, uma família. Ao que parecia, todos se preocupavam e defendiam uns aos outros. Mas aquilo era algo que Joltik não entendia e, como tal, não nutria nenhum tipo de sentimento por aquilo.

            Sem misericórdia, o Pokémon lançou um forte Electroweb contra o corpo de Metapod. O pequeno casulo fora atingido e lançado contra o tronco da árvore que protegia a casa da família. Todos à sua volta soltaram gritos de exclamação, preocupados com o estado de Susan. Mas Nate permanecia em silêncio, aguardando o grande momento que se seguia.

            O casulo iluminou-se com uma luz forte e intensa e o corpo de Susan começou a transformar-se lentamente. O seu corpo verde, agora, era roxo e duas grandes asas brancas permitiam que a Pokémon voasse. Susan transformara-se numa linda borboleta de olhos encarnados. Metapod era agora uma majestosa Butterfree.


            - Que bonita… - murmuroy Rory, enquanto os seus olhos brilhavam.

            - Mãe… - murmurou Wild, continuando caído no chão.

            - Era disto que ela estava à espera. – afirmou Tommy. – Ela sabia que ia evoluir!

            - O verdadeiro combate começa agora, Nate! – Susan exclamou, rodopiando no ar.

            Naquele momento, Susan sentia-se poderosa. Após tantos anos a lamentar-se sobre estar presa num pequeno casulo, o espírito indominável da mãe da família era agora capaz de voar sobre os céus. E, mais importante que isso, ela tinha agora meios para defender a sua família.

            Num bater de asas, Butterfree invocou a sua nova técnica, Gust. Graças ao seu leve peso, Joltik foi arrastado alguns metros para trás, caindo sobre um monte de folhas do jardim. O Pokémon voltou-se a colocar em posição de combate, observando atentamente a sua adversária que agora voava sobre os pingos da chuva. Era visível o aumento de confiança de Susan. Parecia um Pokémon completamente diferente. E, na verdade, era mesmo.

            - Quem é o fraco agora, Nate? – Susan riu, descendo dos céus em direção ao adversário. – Acho que está na hora de ires dormir.

            A borboleta sobrevou o jardim florido, deixando cair um pó brilhante atrás de si. Aquela técnica era conhecida como Sleep Powder e tinha o poder de adormecer qualquer Pokémon que fosse atingindo. No entanto, Nate foi mais inteligente e escondeu-se entre o monte de folhas, protegendo-se do ataque. A aranha não estava pronta para ser derrotada.

            - Não te podes esquivar de mim!

            Butterfree voltou a bater as suas asas e, com a ajuda de Gust, conseguiu destruir o monte de folhas. Mas, para sua surpresa, Joltik não estava ali escondido. Pelo contrário, a aranha saltava agora na direção da borboleta, mas atrás de si, atingindo-a em cheio com Fury Cutter. Com as assas arranhadas, Butterfree perdia a sua grande vantagem: voar.

            - Eu posso fazer o que eu quiser. – murmurou Nate. – Vocês meteram-se com a pessoa errada. E eu vou ensinar-vos isso! Nem que tenha que vos vencer um por um.

            Após as suas palavras, uma teia elétrica atingiu o corpo de Susan. Electroweb era uma técnica super eficaz contra Pokémon do tipo voador, como Butterfree. A borboleta caiu no chão, mas mantinha-se consciente.

            - Tu achas mesmo que ainda tens razão?! – Susan parecia alterada. – Foste tu que invadiste o nosso jardim. Foste tu que atacaste o Wild! E quem se mete com um de nós mete-se com todos os outros!

            Subitamente, os olhos de Susan começaram a brilhar e o corpo de Nate começou a flutuar pelo ar, emitindo uma aura à sua volta. A nova técnica de Butterfree era conhecida como Confusion e, agora, ela tinha controlo total sobre o corpo de Joltik.

            - O que é que tu pensas que estás a fazer?! – Nate, agora sem controlo algum sobre o seu corpo, parecia preocupado. – Põe-me no chão!

            - Não! – Susan exclamou, rindo-se à gargalhada. O poder estava nas suas mãos. – Vejam isto!

            Com o seu poder psíquico, Susan conseguia controlar todos os movimentos de Joltik, que flutuava aleatoriamente entre o ar. Wild, George, Tommy, Rory e Peter, que observavam a disputa atentamente, riam-se, ao ver as figuras divertidas que Nate expressava.

            - Bem… acho que já nos divertimos demasiado contigo. Está na altura de ires.

            - Eu vou voltar. – murmurou. – Vocês não se vão ver livres de mim!

            Sem deixar que a pequena aranha dissesse mais alguma palavra, Susan arremessou o seu corpo para o ar, lançando-o para fora da propriedade da família. Nate caiu inconsciente no chão da Wild Area e lá permaneceu. No entanto, ele sabia que não se iria esquecer daquele episódio marcante. E iria voltar para se vingar.

            Por outro lado, Susan, aliviada por conseguir defender a sua família, caiu no chão do jardim florido, cansada.


            A noite caía e já todos se encontravam no interior da casa. Wild estava deitado sobre a sua cama, enquanto Susan o observava ao seu lado, de pé.

            - De certeza que não te dói?

            - Não mãe… - respondeu o rapaz, esboçando um fraco sorriso, na tentativa de aliviar a mulher. – O Tommy fez um curativo com algumas ervas.

            - Temo que fiques com a cicatriz.

            - Isso não é um problema. Até é fixe. – riu. – Já agora… desculpa pelos estragos no jardim.

            - Eu espero mesmo que te sintas mal por isso, meu menino! Vão ser precisas várias semanas para o jardim voltar a ficar como estava antes de toda esta confusão!

            Naquele momento, Peter entrou no quarto, de cabeça baixa e em silêncio. Desde o acidente, o coelho permanecera calado e um pouco abatido.

            - Bem… acho que te vou deixar a descansar, querido. – murmurou Susan, sorrindo.

            - Antes de ires, só quero dizer que hoje estiveste demais! – admitiu o menino. – Estás forte e muito linda, mãe.

            - Oh… obrigado, Wild.

            A mulher sorriu. Também ela estava orgulhosa de si mesma. Não só por ter evoluído e estar mais forte, mas por ter conseguido proteger a sua família, algo que ela não fora capaz de fazer anteriormente.

            Depois de Susan sair do quarto, o silêncio instalou-se entre os dois rapazes. Os amigos estavam perdidos em pensamentos distantes. De um lado, deitado na cama, Wild lembrava-se da fúria no olhar de Nate, que agora parecia estar marcado para sempre no seu corpo, através da cicatriz na sua barriga. Do outro, Peter, sentando no seu colchão, lamentava-se por ser não capaz de defender o seu melhor amigo. Sentia que a culpa de toda aquela confusão era, mais uma vez, sua.

            - Desculpa.

            - Do que estás a falar? – Wild virou-se para observar o Pokémon.

            - Eu… eu nunca consigo proteger-te. – uma lágrima rolava pela bochecha de Bunnelby.

            - Peter, a culpa não é tua!

            - É sim! – contrapôs. – Fui eu que tive a ideia de irmos brincar para o jardim. E a verdade é que eu nunca te consigo defender de quem te quer fazer mal… primeiro, o grupo do Machoke e do Rhydon, depois aquele Tyranitar gigante, e hoje aquele Joltik estúpido. – bufou.

            - Eu não me lembro muito bem, mas tenho a certeza que tu não serias capaz de enfrentares um Machoke e um Rhydon sozinho, Peter. – Wild deixou escapar um riso. – E tu defendeste-me do Tyranitar! Não só a mim, à Rory também, lembraste?

            - Mas hoje tu foste atacado! E olha para ti, estás ferido, Wild!

            - Isto não é nada! – exclamou o menino. – E tu lutaste com ele o melhor que conseguiste.

            - Lá está… eu preciso de melhorar para te defender.

            - Peter. – o tom de voz de Wild ficou mais sério. – O que te leva a pensar que tens de me proteger?

            - Tu és o meu melhor amigo e esse é o meu papel. – o coelho respondeu prontamente. – Desde que te vi, eu soube que era isso que tinha de fazer. Wild, tu não sabes o que existe por aí. Acredita, eu já vi coisas muito piores! E tu não estás pronto para isso.

            O rapaz calou-se e refletiu nas palavras do amigo. Ele desejava que Peter lhe contasse todas as suas aventuras, mas elas pareciam imensas… quase infinitas. E talvez algumas fossem mais assustadoras do que aquilo que ele realmente imaginava.

            - Coisas piores que o Nate? – perguntou.

            - Sem dúvida que sim. Aquele pequenote é só mais um rival.

            - Rival de quem?

            - Teu, meu, de todos nós. Se ele voltar, vamos ter de estar preparados. – disse, de forma séria.

            - Se assim é, então acho que agora tens uma desculpa para ficares mais forte.

            - Tal como tu. – Peter sorriu. – Podemos treinar juntos?

            - Claro que sim. Quando o nosso rival voltar, nós vamos estar prontos para o enfrentar!


  

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  1. Vem cá, bunito, bora conversar.

    Aqui tivemos algo mais leve. Vimos que o dia a dia mudou um pouco com a adição da Wynaut, mas nada muito intenso. O que foi barra mesmo foi o ocorrido ali no jardim, que trouxe um sentimento amargo porém motivacional pro Bunnelby e veio a trazer uma nova forma pra Susan, agora forte e capaz de trazer certa proteção aos seus entes.

    E a arainha fugiu...

    Até depois, bom boy!

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    1. É verdade, Sir, aqui conhecemos um pouco da rotina da família de Wild, com um pequeno twist, não é verdade?

      Nate veio para levantar problemas a Wild, fazendo com que entretanto Susan evoluísse e ganhasse a capacidade de proteger a sua família. Apesar dos danos realizados no rapaz, este novo personagem representa a rivalidade de toda a família e sim, ele vai regressar em breve!

      Espero por mais feedback, Sir! Obrigado!

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  2. Diga lá, Angie!

    Eu tenho gostado muito de como você tem dosado com precisão a passagem de tempo na história. Sei que já comentei isso antes, mas nunca é demais lembrar sobre esse que é um dos seus pontos fortes.

    Gostei também da situação criada com o Joltik. Criar essa situação de perigo e abalar a confiança do Peter, mas que no fim serviu como a motivação inicial para que ele e o Wild comecem a buscar se tornar mais fortes. Agora sim temos algo que faz a história desses dois se mover em direção ao futuro.

    E por fim, mas não menos importante, a evolução da Susan que finalmente aconteceu. Ela devia estar louca pra sair daquele casulo depois de todos esses anos, e agora tem asas que podem levá-la onde quiser. E ficou muito mais forte, podendo de fato ser a protetora da família agora.

    Excelente capítulo, meu caro.

    Até a próxima! õ/

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    1. Oi companheiro!

      Agradeço demais esses elogios. A passagem do tempo é algo fundamental nesta história, como já referi anteriormente. É importante reparar nos pequenos detalhes ao longo da narrativa para realmente perceber o tempo a passar.

      O Nate é uma personagem com um propósito bastante específico. Ele é aquele que vai desafiar os nossos protagonista, o típico rival que serve para dar aquela motivação de "eu vou ficar mais forte para dar cabo dele". Pelo meio vai ter um twist. Continue a ler!

      Susan conseguiu finalmente sair daquele casulo! E olha o estrago que elas fez quando viu a sua família ser ameaçada de novo! Desta vez ninguém a pára!

      Obrigado pelo comentário, Shadow! Continue por aí.

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