Posted by : Angie Nov 10, 2019


Capítulo 6 - Não se pode mudar o que está feito


            Silêncio. Já era noite e a maioria dos Pokémon que habitavam a Wild Area dormiam calmamente. No topo de uma montanha, a majestosa casa de madeira estava igualmente adormecida. Pelo menos, parecia. A verdade é que, no seu interior, um rapaz permanecia acordado, sentado sobre a sua cama.

            Wild observava com atenção o quarto à sua volta, pensativo. Todos os membros da sua família pareciam adormecidos. O menino sorriu.

            - Peter! – sussurrou. – Está na hora. Vamos!

            O Bunnelby adormecido na outra cama da divisão acordou rapidamente, revelando um sorriso, tal como Wild fizera.

            Naquele momento, um dos maiores planos daquela dupla imparável entrava em ação. Aborrecidos do seu dia-a-dia vulgar, Wild e Peter organizaram uma saída noturna secreta, sem o conhecimento ou a autorização de nenhum membro da família. O plano consistia em visitar uma torre de vigia abandonada da Wild Area, onde esperavam poder encontrar Pokémon que nunca viram anteriormente. Os rapazes sabiam que poderia ser arriscado, ou um pouco perigoso, mas os dois acreditavam que, juntos, poderiam fazê-lo.

            Em silêncio, os dois abandonaram o seu quarto, desceram até ao piso inferior da casa e saíram porta fora, tentando fazer o menor barulho possível.

            - Achas que alguém vai descobrir? – Wild perguntava, fechando o grande portão do jardim atrás de si.

            - Espero que não. – respondeu Peter. - Fomos cuidadosos.

            A dupla começou então a caminhar pelos trilhos da Wild Area. Era a primeira vez que o faziam durante a noite, o que era um pouco estranho, mas rapidamente se adaptaram. Tentaram permanecer em silencio, para não acordarem nenhum Pokémon selvagem, no entanto, graças a todo o entusiasmo que sentiam, era quase impossível.

            - Mal posso esperar para conhecer novos Pokémon! – exclamava Wild enquanto caminhava ao lado de Peter. – Que espécies de Pokémon achas que vamos encontrar?

            - Não faço ideia. Eu nunca estive lá antes.

            - Eu sabia que nós tínhamos de visitar esta torre de vigia desde o dia em que o Tommy nos falou dela. – admitiu o rapaz. – Parece tão fixe!

            - E é, com certeza.

            - O que achas que acontece se alguém descobrir o que fizemos?

            Por mais que Wild quisesse ser rebelde ou aventureiro por apenas alguns momentos, ele não podia deixar de sentir que estava a enganar toda a sua família. Por outro lado, ele sabia perfeitamente que nem Susan ou George lhe dariam permissão para fazer o que estava a fazer naquele momento. Talvez aquela fosse a melhor solução. E, caso algo de mal acontecesse, ele sabia que era o responsável. E ele assumiria a culpa até ao fim.

            - Talvez fiquemos de castigo. – murmurou Peter, pensativo. – Porquê? Estás arrependido? – perguntou.

            - Acho que é demasiado tarde para isso.

            Com toda a conversa, os dois nem repararam que, naquele momento, se aproximavam do local que eles tanto ansiavam. À sua frente, uma gigante torre construída de pedra erguia-se. Parecia que não tinha fim, era demasiado alta para qualquer um deles avistar o seu topo. As paredes eram preenchidas por várias janelas de vidro, sendo que, muitas delas, estavam quebradas.

            Os dois entreolharam-se. Era impossível não sentir um pouco de nervosismo na presença daquele monumento gigante. Na realidade, era uma torre de vigia bastante antiga, que retornava a séculos atrás, época de uma das maiores guerras de todo o mundo Pokémon, segundo o livro de Tommy.

            - Uau! – exclamou Wild, observando a torre à sua frente. – É enorme!

            Peter permanecia em silêncio, olhando atentamente aquele monumento. Em tantos anos de exploração, ele nunca observara algo daquela dimensão ou importância. Nenhum deles fazia ideia o que existia no seu interior, mas Bunnelby tinha a certeza que teria de manter Wild em segurança. Afinal, naquele momento, eram só eles os dois.

            - Não vamos perder mais tempo aqui fora. – disse. – Vamos entrar.

            Peter saiu na frente, sendo seguido pelo rapaz. O interior da torre era frio e arrepiante. As suas paredes de pedra estavam nuas. A pouca mobília que existia estava partida e espalhada por todo o lado. Parecia que uma tempestade tinha passado por ali. Não uma, mas duas, três, ou até mais. Na realidade, aqueles eram vestígios que permaneciam de uma guerra violenta e sangrenta.

            O canto da sala, que constituía o primeiro andar da torre, dava início a um lance de escadas que continuava até ao topo do monumento.

            - É mesmo real… - murmurava Wild, observando com atenção tudo à sua volta.

            - Parece que os livros do Tommy não se enganam. – concordou Peter, caminhando na direção das escadas. – Vamos continuar.

            O coelho começou a subir as escadas de pedra em forma de caracol, que pareciam não ter fim à vista. O rapaz seguia-o em silêncio, mas sempre com um olhar atento. Passaram por salas de vigia, rodeadas por janelas estilhaçadas, com vista para o exterior. Em vários andares existiam alguns escritórios com papéis espalhados por todo o lado. Noutro andar eram as casas de banho e os balneários, onde os militares faziam a sua higiene, no entanto, agora, graças ao seu abandono, estava ali instalado um cheiro horrível a esgoto. Nos últimos andares, já perto do topo, era onde se encontravam vários quartos, com camas e beliches de todos os tamanhos e feitios. Era ali que os militares descansavam, quando as circunstâncias o permitiam.

            A dupla entrou num dos dormitórios. Os lençóis das camas estavam rasgados e esvoaçavam no ar, graças à brisa que entrava na divisão através de uma janela partida. No cimo de uma mesa permaneciam alguns livros cobertos de poeira enquanto que, no chão, várias gotas de sangue seco se encaminhavam na direção da janela. Wild não percebia muito bem o significado daquilo, mas Peter sabia perfeitamente o que aquilo representava: o desespero e o final trágico de alguém que não via nenhuma saída, para além da sua própria morte.

            Peter caminhou pelo quarto e arrastou o seu corpo até à beira da janela, observando a paisagem daquela altura. As cidades longínquas marcavam presença com as suas luzes brilhantes, no entanto, o resto da Wild Area ao seu redor parecia totalmente adormecida. A natureza daquela zona selvagem contrastava imenso com a realidade urbana das cidades em desenvolvimento à sua volta. Apesar de ser um Pokémon, ele sabia que todo aquele crescimento urbanístico acontecia devido ao aumento do capitalismo por todo o mundo. Ele ainda não percebera se aquilo era algo bom ou mau, mas, por enquanto, gostaria de manter a sua distância daqueles centros comerciais, onde os Pokémon eram vistos como simples mascotes de entretenimento.

            Peter só despertou dos seus pensamentos quando os gritos de Wild se fizeram ouvir. O Pokémon virou-se rapidamente, encontrando o pequeno rapaz a chorar, no chão, sendo observado por uma criatura que levitava no ar. O seu corpo era coberto por um robe escuro e, no rosto, a máscara de uma caveira assustava os seus adversários. Aquele Pokémon era conhecido como Duskull.

            - Wild, não tenhas medo!












            Bunnelby saltou na direção de Duskull, atacando-o com Quick Attack, no entanto, o Pokémon fantasma desvaneceu-se no ar. Era como se o ataque de Peter não tivesse nenhum efeito sobre ele. Segundos depois, o seu corpo voltava a aparecer, desta vez no lado oposto do quarto. O coelho voltou a correr na direção do adversário, desta vez usando a técnica Double Slap, que, mais uma vez, não mostrara nenhum efeito contra o fantasma.

            - Peter… o que se passa? – Wild levantava-se do chão, limpando o seu rosto molhado, confuso com o rumo daquele combate.
            - Acho que está na altura de voltarmos para casa.

            - Rápido! Antes que eu vos apanhe! – a voz de Duskull fez-se ouvir.

            Peter pegou na mão de Wild, saiu daquele quarto assombrado e começou a correr com o rapaz, descendo o lance de escadas de pedra. A visita à torre estava dada como cancelada. Ou, pelo menos, era isso que eles pensavam. O corpo de Duskull apareceu à frente da dupla, surpreendendo Wild, que lançara mais um grito. O Pokémon fantasma parecia decidido em continuar a perseguir os dois, especialmente a criança indefesa.

            - Vai assustar outro! – gritou Peter.

            - Não me apetece! – riu o fantasma.

            Várias ondas de energia começaram a ser lançadas desde o corpo de Duskull até Bunnelby, que caiu no chão atordoado. O pequeno coelho fora atingindo pela técnica Pursuit.

            - Levanta-te, Peter! – exclamou o rapaz. – Se não podemos descer, subimos!

            - Acham mesmo que podem fugir? – Duskull gargalhava. – O guardião da torre é invencível!

            Agora era Wild que pegava na mão de Bunnelby e o arrastava escadaria a cima, ignorando por completo a voz de Duskull. O rapaz não sabia para onde se dirigia, mas o que mais o preocupava agora era fugir daquele Pokémon assustador e salvar o seu amigo.

            Após alguns minutos de corrida, a dupla alcançou o topo da torre, que era protegido por uma porta de metal. O rapaz tentou empurra-la, mas parecia impossível. Era demasiado pesada.

            - Afasta-te.

            Peter levantou-se, e esticou os seus braços, enquanto observava atentamente a porta à sua frente. Depois de a encarar durante alguns segundos, lançou-se contra ela, atingindo-a com as suas fortes orelhas. A porta abriu-se finalmente, provocando um forte estrondo por toda a torre.

            - Vamos!

            Wild atravessou a porta de metal e deixou-se surpreender com aquele local. Era uma espécie de terraço, mesmo no topo da torre. Ali, algumas bandeiras que ele desconhecia eram erguidas e vários canhões apresentavam-se estragados devido à sua ferrugem. Peter, ao seu lado, observava atentamente o local, surpreendendo-se com uma grande figura que os encarava em silêncio. Aquele Pokémon assemelhava-se a uma armadura gigante, com ombros fortes, mãos grandes e pés achatados. O seu corpo era revestido por um tom torquesa, com alguns apontamentos amarelos. O seu nome era Golurk, e naquele momento, a criatura não parecia feliz com as suas visitas.


            - Quem se atreve a despertar o guardião desta torre de vigia?!

            A voz de Golurk impunha respeito a qualquer um. Wild e Peter encolheram-se, agarrando-se um ao outro. Os dois amigos estavam encurralados. De um lado, um Duskull perseguia-os, do outro, um gigante Golurk ameaçava-os.

            - Senhor guardião… o meu nome é Wild. – começou o rapaz. – Eu e o meu amigo, Peter, estamos de passagem. Só queríamos explorar esta torre, sem causar problemas a ninguém…

            - Silêncio! – cortou o Pokémon, aproximando-se a passos largos da dupla. O chão parecia estremecer com os seus movimentos. – Ninguém vos autorizou a entrar nesta propriedade. Correto?

            - Correto, senhor guardião. – acenou o rapaz, assustado.

            - Então porque haveria eu de ter misericórdia de vós? Intrusos! Invasores!

            O gigante Pokémon foi rodeado por uma aura amarela que envolveu todo o seu corpo. Naquele segundo, o Pokémon reuniu toda a sua força na técnica Heavy Slam, lançando-a contra Bunnelby, que foi projetado contra um dos pilares do terraço, caindo no chão inconsciente.

            Wild estremeceu, assustado com a força bruta do Pokémon, que vencera o seu companheiro com um só golpe.

            - Um de dois abatido. – disse, como se estivesse a transmitir uma mensagem ao seu exército. – Continuar operação!

            O corpo de Golurk envolveu-se e começou a rolar pelo chão na direção de Wild. O rapaz começou a correr, esquivando-se do Rollout do adversário, mas ele sabia que não podia fugir para sempre. Podia escapar, saindo pela mesma porta por onde entrou, mas não estava disposto a abandonar o seu companheiro de longa data. Teria de enfrentar aquele Pokémon inevitavelmente. Pelo menos, era isso que ele pensava, antes de ver um feixe de gelo voar por cima do seu corpo e atingir Golurk em cheio. O Pokémon estremeceu e cancelou o ataque. Aquela técnica, conhecida como Ice Shard, era super efetiva contra Pokémon da espécie de Golurk e Wild sabia muito bem quem era o portador daquele ataque.

            - Tommy?

            O corpo de Snover revelava-se à porta do terraço da torre. O Pokémon parecia cansado, mas não surpreendido.

            - Eu mesmo. – respondeu.

            - O que estás aqui a fazer?

            - Segui-vos, para vossa sorte. Eu sabia que não vos devia ter contado a história sobre esta magnífica torre… - murmurou.

            - Podemos discutir isso depois? – Wild estava mais preocupado com o estado do seu amigo. – O Peter foi atacado…

            - E a seguir vão ser vocês! – gritou Golurk, interrompendo a conversa.

            -  Encontrei um Duskull pelo caminho… - murmurou Tommy. – Já tratei dele e agora vou tratar de ti também! – disse, virando-se para o corpo de Golurk, que se levantava do chão.

            Um novo feixe de gelo foi lançado na direção de Golurk, que se deixou atingir, mais uma vez, pelo Ice Shard de Snover. O gigante rugiu, mas não mostrava ares de cansaço. Felizmente, a proteção do seu corpo mantinha-o protegido o suficiente. O Pokémon recuperou as suas energias e preparou-se para o atacar o novo adversário.

            O punho de Golurk foi rodeado por uma energia de cor roxa, que parecia aumentar o seu poder ao mesmo tempo que o Pokémon corria na direção de Snover. Este, na tentativa de se esquivar, acabou por ser atingindo pelo potente Shadow Punch de Golurk, caindo no chão ferido.

            Talvez o desafio de Tommy fosse mais difícil do que ele estava à espera. Mas ele não estava disposto a desistir tão cedo. Levantou o seu corpo do chão de pedra e ergueu o seu braço no ar, que começou a emitir um brilho verde. Era a sua nova técnica, conhecida como Wood Hammer. Snover lançou-se na direção do adversário e acertou-o em cheio, fazendo o seu corpo cambalear e cair no chão.

            Golurk observava surpreendido o rosto de Snover. O Pokémon estava admirado com a força do seu adversário. E, por outro lado, Tommy mostrava-se também surpreendido com o seu poder, que parecia aumentar cada vez mais. Naquele momento, o Pokémon sentiu o seu corpo ser invadido por uma luz fluorescente, enquanto que os seus membros aumentavam lentamente de tamanho. Agora, o seu corpo era coberto por um pelo branco, à exceção das suas mãos e pés, cobertos de folhas verdes. Os seus olhos roxos refletiam uma criatura abominável das neves. Tommy era agora um Abomasnow.


            - Oh sim! – exclamava Wild. – O Tommy evoluiu!

            - Oh não… - murmurava Golurk, caído no chão.

            Sem perder mais tempo, Tommy voltou a erguer os seus braços, que desta vez se iluminaram de uma cor azulada. O Pokémon recém-evoluído golpeou o seu adversário com os dois punhos, deixando-o imediatamente inconsciente. Uma técnica de gelo como Ice Punch era muito potente contra um Pokémon do tipo terra como Golurk.

            Abomasnow levantou o seu olhar, encontrando Wild junto do corpo de Peter.

            - Obrigado. – murmurou o rapaz.

            - Obrigado eu… fizeste-me evoluir!

            - Tu estás… bem grande agora! – exclamou o menino.

            Naquele momento, Peter acordava. Esfregou os seus olhos, ainda um pouco atordoado, e surpreendeu-se ao dar de caras com a nova forma de Tommy.

            - Wow! – gritou. – Que grandalhão!

            - Tu e eu temos que falar. – Tommy mostrava um ar mais sério. – De quem foi a belíssima ideia de virem aqui parar?

            - O Peter não tem culpa. – interveio Wild. – A ideia foi minha. E o Peter veio comigo porque é o único que me compreende.

            - O que é que tu queres dizer com isso?

            - O pai e a mãe são super protetores comigo… achas mesmo que eles me deixariam estar aqui agora? – explicou. – E tu, Tommy, andas sempre agarrado aos livros e ocupado com as tuas coisas…

            - Bem… eu não vejo nenhum livro aqui. – riu-se. – Portanto, acho que estás um pouco enganado.

            - Então, como é que descobriste que nós estávamos aqui? – perguntava Peter, enquanto se levantava calmamente.

            - O vosso quarto é mesmo ao lado do meu… e eu fiquei a ler até tarde e ouviu-vos a saírem. – afirmou. – Decidi seguir-vos e ver o que andavam a tramar…

            - Ainda bem que o fizeste. – admitiu o coelho.

            - Mas o que fazemos agora? – perguntou Wild. – Nós invadimos a torre e nenhum destes Pokémon pareceu contente com a nossa visita.

            - Não acho que o Duskull vá ser problema. – confessou Tommy. – Mas talvez este Golurk…

            - O Duskull assustador disse que ele era uma espécie de guardião. - confessou Peter. – De facto, ele agia como tal.

            - Será que ele nos vai procurar depois de acordar? – questionava Wild.

            - Eu acho que sei como resolver isto.

            Tommy aproximou-se do gigante corpo inconsciente de Golurk, caído no chão e lançou uma forte rajada de gelo na sua direção. Icy Wind cobriu o corpo do Pokémon, congelando-o por completo.

            - Talvez o sol derreta o gelo, mas isso irá demorar algum tempo. – murmurou.

            - Podemos fazer o mesmo com a porta. Ela estava bem trancada antes. – explicou Peter.

            Abomasnow acenou com a cabeça e os outros dirigiram-se para a saída do terraço. Wild observou uma última vez o corpo congelado de Golurk. Ele lamentava profundamente que a sua aventura terminasse daquela maneira. Nunca tencionara que um Pokémon inocente acabasse congelado por sua causa. Mas ele sabia que aquela era a única solução para aquele problema.

            De volta ao interior da torre, os três amigos fecharam a porta e Tommy voltou a usar o seu Icy Wind, congelando-a e dificultando ainda mais a sua abertura.

            - Eu espero que mais ninguém cometa o mesmo erro que nós cometemos… - admitiu Wild. – Eu nunca quis incomodar estes Pokémon.

            - Não se pode mudar o que está feito. – murmurou Tommy. – Agora, acho que te devias preocupar com o que vais dizer à mãe e ao pai. Aposto que, a esta altura, já deram pela nossa falta.


            Wild estremeceu. Um simples plano para visitar uma torre de vigia abandonada virara-se completamente do avesso. Um Pokémon fora ferido, outro congelado, e o seu irmão mais velho evoluíra a tentar protege-lo. Mas não havia como escapar novamente da realidade. Ele tinha de se responsabilizar pelos seus atos. E era isso que ele iria fazer, qualquer que fosse a consequência.


  

{ 6 comments... read them below or Comment }


  1. Depois de muito, mas muito, mas muito tempo, consegui finalmente comentar SELVAGEM, ou melhor dizendo, WILD no English British, alta inspiração para nossa querida e amada Região Galar.

    Pois Bem Angie, peço imensas desculpas por não ter comentado anteriormente, mas fique sabendo que fiquei lendo tudinho, tá? Sei de tudo! Inclusive o belo peixe que nosso amigo Wild se apaixonou ~rs

    Amo a sua escrita, devo admitir que quando começo a ler esqueço que estou lendo em Português de Portugal, ainda que eu seja português, sempre que leio alguma fanfic tenho a mentalidade de pensar que estou lendo a história algum Brasileiro, então, nas primeiras linhas acabo sempre por ter de me adaptar Hahaha. Não que eu esteja dizendo que a sua escrita é ruim, longe de mim, alias, é perfeita, sem falha alguma e eu amo isso!

    Falando em sua escrita, a maneira com que você narra e descreve é invejável, o uso das palavras belas e bem escolhidas, os capítulos fluem muito bem e não vejo o tempo passar na maioria dos casos. Como descreve a inocência do Wild, é tão fofo!!! Sempre que leio WILD parece aquelas histórias que ouvia dormir quando era criança, que buscavam sempre trazer uma lição no final de cada capítulo, é lindo e majestoso e para ser sincero, me trás uma sensação de nostalgia, sem brincadeira 😊

    O capítulo de hoje foi um louco e tanto, a evolução de Tommy foi algo inesperado para mim, mas muito bonito. Ver eles todos no início da história, muito pequeninos agora evoluindo e se tornando pokémon grandes, fortes e até diria assustadores, mas com um coração de ouro (a referência a Jotho, em ~rs). O amor que Tommy tem por Wild é de como um irmão mais velho ou de um tio, realmente você consegue transmitir a sensação de família, de um humano com os pokémon, lindo. Admito, apesar de necessário, achei maldoso o Grande Tommy deixar o Golurk gelado até a temperatura o derreter Hahaha.

    Fique sabendo que estou esperando pelo próximo capítulo e apesar de não ter tempo de comentar a maioria dos capítulos, eu estou lendo sim e vez ou outra irei aparecer para fazer esses comentários gigantesco para compensar. Na verdade, estou pensando em comparecer mais vezes e fazer mais comentários à sua história a partir de agora, farei o meu máximo para conseguir ~rs
    Não pare!

    Espero vê-lo no próximo capítulo, até lá!

    ReplyDelete
    Replies
    1. O MEU MANINHO VEIO COMENTAR FINALMENTE! Estou muito feliz!

      Yveow, obrigado pelo que disseste, a sério, eu fico demasiado contente e satisfeito com essas palavras! E admito que, por vezes, também me sinto estranho quando encontro histórias escritas em português de Portugal, visto que é muito mais comum encontrar em português do Brasil. Mas isso é bom! Estamos aqui para marcar a nossa presença e diferença no meio destes belíssimos autores!

      Fico muito orgulhoso quando elogiam a minha escrita. No meio jornalístico, onde estou inserido, não é muito comum puxar pelo nosso lado criativo, é sempre tudo à base de factos, portanto quando escrevo uma notícia ou um capítulo é um processo totalmente diferente e é preciso definir bem as barreiras de cada tipo de documento. Mas fico feliz por achares isso! Obrigado!´

      A passagem do tempo em "Wild" é crucial para o fluxo da narrativa. Com o objetivo de contar a história de vida deste menino é essencial que hajam saltos no tempo e, por vezes, existam algumas transformações, como é normal. Mas fico realmente contente por elas serem "suaves" e "sublimes".

      Sendo a história de uma criança a crescer no meio Pokémon, é óbvio que vai ter lições de moral e um cheirinho de nostalgia, afinal, tem todos os elementos de um bom conto mais "tradicional" ou infantil. Mas é isso que eu tanto admiro nessa história. A forma como cada ato, ação ou gesto pode vir a ter um significado que, à partida, não teria. E às vezes, até eu, só reparo mais tarde.

      O capítulo de hoje, por exemplo, o simples ato de ir visitar uma torra abandonada da Wild Area despertou Pokémon que, mais tarde, se tornaram um tanto as "vítimas" destes "turistas". É claro que não fizeram por mal, mas há vários pontos de vista para o que eles fizeram. E vamos perceber isso melhor no próximo capítulo.

      Mas é isso que é crescer. Aprender, cometer erros. No fundo, evoluir, como disseste, no início, eles eram "muito pequeninos" e agora estão todos a evoluir e a aprender. No fundo, eu tento que o processo de evolução signifique algo mais do que apenas o Pokémon aumentar de tamanho ou mudar as suas características físicas. Representa também a sua mudança e evolução mental, psicológica e narrativa. Um crescimento, em geral, da personagem que ela é e representa.

      Tommy foi um dos pontos de destaque deste capítulo. Confesso que já queria ter dado mais tempo de antena para ele, mas apenas não calhou. No entanto, sinto que este foi o momento e a história perfeita para ele se destacar e mostrar realmente do que é feito. A sua evolução foi sim, inesperada, mas foi tudo para proteger o seu irmão mais novo, o nosso querido Wild!

      O próximo capítulo chegará em breve, amigo! Muito obrigado por comentar e nunca deixe de aparecer por aqui! Obrigado!

      Delete
  2. CHEGUEI
    ACABEI LENDO E TAL, ACHEI BACANA
    Mas poxa quantas aventuras e... Todo mundo apanhando um pouco. Ainda não estou acostumada com PT-Portual, mas vou lendo.
    Acho muito maneiro como você consegue envolver eles na aventura, e apesar do spoiler vou ler até o final xd
    Até!

    ReplyDelete
    Replies
    1. Hey White! Fico feliz por te ver por aqui!

      Todas as personagens têm os seus minutinhos de fama, mesmo! A questão é, como será que todos eles os vão aproveitar?

      Espero que se habitue e goste do português de Portugal, assim como eu gosto do português do Brasil. Temos todos tanto para aprender uns com os outros! E isso é o mais bonito de tudo!

      Espero voltar a vê-la mais vezes por aqui, companheira! Até já!

      Delete
  3. Wild e Peter não conseguem ficar longe de problemas. Sempre tem que aparecer alguém do grupo pra salvar esses dois aventureiros desastrados. Eu cheguei a pensar que dessa vez eles dariam um jeito de se salvar sozinhos, mas faz todo o sentido que tenham recebido ajuda, já que ainda são crianças. Mas é bom eles se tocarem de que não vão ter essa sorte pra sempre. Dessa vez o Tommy estava atento, mas e na próxima? Se não houver ninguém para impedir os dois a coisa pode ficar feia...

    Curti bastante essa temática do Duskull e o Golurk serem os fantasmas dos soldados que um dia defenderam a torre. Deu um background bem mais interessante aos dois, e até mesmo faz com que eles tenham a razão nessa briga. Estavam defendendo o lugar deles. Isso torna os protagonistas aqueles que estão errados nessa história. Eles invadiram. E isso é legal, você faz com que os personagens principais sejam crianças inconsequentes ao invés de heróis perfeitinhos.

    Gostei muito do capítulo, Angie! Até a próxima! õ/

    ReplyDelete
    Replies
    1. Oi Shadow!

      É mesmo isso que disse. Eles ainda são crianças, e toda a gente sabe que as crianças fazem coisas irresponsáveis, não é mesmo? Tommy apareceu para os salvar de um possível desastre, mas, agora, pela primeira vez, eles serão responsabilizados e terão de levar com as consequências dos seus atos.

      Decidi construir uma história mais detalhada para os Pokémon desse episódio mesmo por causa dessa torre, localizada na Wild Area. Na altura em que escrevi o capítulo, tinha apenas a informação de que existia um tipo de torre neste local através dos trailers. Não existia mais nenhuma informação sobre este local. A minha cabeça trabalhou sozinha e penso que assumiu que poderia estar relacionada a alguma guerra previamente existente em Galar. Pode ou não fazer sentido, mas a verdade é que eu curti da história e decidi adotá-la para aqui.

      Esta torre é a casa de Duskull e Golurk e, neste caso, Wild e Peter foram os invasores, os maus da fita. E como será que eles vão reagir a isso?

      Fico feliz por continuar a vê-lo por aqui! Até ao próximo capítulo!

      Delete

- Copyright © 2019 Aventuras em Galar - Escrito por Angie - Powered by Blogger - Designed by CanasOminous -